O emprego das vírgulas pode ser justificado de acordo com os...
De Gutenberg a Zuckerberg
Após cinco anos e meio dedicados apenas a funções executivas, volto a ter um espaço para troca de ideias e informações. Desta vez, sobre o mercado digital com suas histórias de bastidores, dados infindáveis, surpresas, o dia a dia de start ups aqui e lá no Vale (sim, o do Silício) e entrevistas com quem sacode este mercado ou é sacudido por ele.
O título do blog (seria blog, vlog, site, plataforma digital?) vem de From Gutenberg to Zuckerberg: Leveraging Technology to Get Your Message Heard, palestra de Michael Eisner que passa bem além do trocadilho engraçadinho.
O fato é que não são poucas as vezes em que ouço que nós, os caras de internet, os bichos de tecnologia criamos todos os problemas que a humanidade não tinha antes de inventarmos os nossos gadgets, softwares, redes e o que mais pudesse ser desenvolvido em nossas garagens (imaginárias, Wozniak?). Errado. Explico.
Não criamos nada. Desculpe, amigos, mas é a verdade. Ferramentamos, apenas. Como Gutenberg o fez pelos idos de 1450. No big deal. Repetimos a história. Se o poder saía das mãos de dedos manchados dos monges copistas e passava a um tipo que podia multiplicar exponencialmente os caracteres que formavam a informação, com Zuck e seus contemporâneos deu‐se o mesmo. O jornalista, até então dono absoluto do palco italiano, da bola e do campo, teve que deitar a régua. O que era vertical, top down, passou a ser horizontal, em uma distribuição de informações via iguais.
Nenhuma novidade aqui. O que as redes sociais fizeram foi repetir o fenômeno evolutivo. Is revolução digital the new revolução industrial? É provável sob muitos aspectos, mas uma revolução somente se conhece a posteriori, contentemo‐nos em evoluir por ora. Não é pouco.
E sobre criarmos plataformas‐problema, qual foi a primeira rede social que você conheceu? A fofoqueira de sua rua. Ficava na janela, ouvia no máximo 140 caracteres de qualquer conversa, tempo necessário para que o transeunte desavisado percorresse o espaço da fachada da casa da moça. Retuitava ao marido, à filha, compartilhava. De vez em quando, curtia. E quando ia ao salão de beleza, viralizava.
Não, esta criação não nos pertence. Ferramentamos, ajudamos e até atrapalhamos, ok. Mas como sempre fizeram estes seres humanos, gregários, que insistem em viver em uma sociedade em rede.
Mas agora resolveram chamar de rede social.
(Antonio Guerreiro. Disponível em: http://gutzuck.com/de‐gutenberg‐a‐zuckerberg‐20150105/)
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Alternativa Correta: D - “O brasileiro, um cidadão persistente, enfrenta grandes dificuldades.”
A questão aborda o emprego das vírgulas em diferentes contextos gramaticais. Para resolvê-la, é necessário compreender as regras de pontuação, em especial, o uso de vírgulas para isolar apostos e orações adjetivas explicativas.
No trecho “O fato é que não são poucas as vezes em que ouço que nós, os caras de internet, os bichos de tecnologia [...]”, as vírgulas são utilizadas para isolar um aposto explicativo (“os caras de internet, os bichos de tecnologia”), ou seja, uma expressão que esclarece ou explica o substantivo antecedente.
Vamos analisar as alternativas:
A - “Amigos, não há amigos.”
A vírgula aqui isola o vocativo “Amigos”. O vocativo é usado para chamar, invocar ou se dirigir a alguém, e está sempre entre vírgulas ou seguido de vírgula. Portanto, a justificativa do uso da vírgula é diferente do trecho dado na questão.
B - “Eu, porém, nem me incomodava.”
A vírgula neste caso isola o advérbio “porém”, que é um conectivo de contraste. A função da vírgula aqui é separar elementos intercalados na oração, o que difere da justificativa do trecho dado na questão.
C - “Ou fosse do cansaço, ou do livro, adormeci também.”
Nesta frase, as vírgulas separam termos coordenados em uma enumeração. Diferente do trecho fornecido, onde a vírgula isola um aposto explicativo.
D - “O brasileiro, um cidadão persistente, enfrenta grandes dificuldades.”
Aqui, as vírgulas isolam o aposto “um cidadão persistente”, da mesma maneira que no trecho da questão. Portanto, a justificativa para o uso das vírgulas é a mesma: isolar um aposto explicativo que esclarece ou adiciona informação sobre o termo antecedente.
Em resumo, a alternativa correta é a alternativa D. Esta alternativa mostra o uso das vírgulas para isolar um aposto explicativo, assim como no trecho fornecido na questão.
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Comentários
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aposto explicativo, vem entre virgulas
O fato é que não são poucas as vezes em que ouço que nós, os caras de internet, os bichos de tecnologia [...]
Aposto Explicativo - explica o termo "nós"
“O brasileiro, um cidadão persistente, enfrenta grandes dificuldades.”
Aposto Explicativo - explica o termo "brasileiro"
Letra D
d-
O Aposto explicativo explica um substantivo, geralmente por necessidade do contexto, sendo isolado por vírgulas ou travessões.
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