Considere que uma mulher comparece a uma unidade de atendim...
Considere que uma mulher comparece a uma unidade de atendimento da atenção básica e relata ao médico ginecologista que está grávida, mas que apresenta um sangramento vermelho-vivo de pequena intensidade há 2 dias. A demanda é por orientações para interrupção da gravidez, dado que informa ter sido vítima de violência sexual há dois meses. Na ocasião, muito abalada com o ocorrido, não prestou queixa em delegacia e nem possui um boletim de ocorrência.
Diante desse quadro, é de responsabilidade legal do
ginecologista
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Tema central da questão:
A questão aborda a responsabilidade legal do ginecologista ao lidar com um caso de possível gravidez resultante de violência sexual. Este tema está diretamente relacionado aos direitos das mulheres e aos deveres dos profissionais de saúde em situações que envolvem violência sexual e o direito ao aborto legal. Para resolver essa questão, é essencial conhecer as normas éticas e legais que regem o atendimento a mulheres vítimas de violência sexual e a legislação sobre aborto no Brasil.
Alternativa correta: A -
Justificativa: A alternativa A é a correta porque, de acordo com a legislação brasileira e as diretrizes do Ministério da Saúde, casos de violência sexual devem ser notificados de forma compulsória aos serviços de saúde. Esta notificação é um mecanismo essencial para garantir o acompanhamento e a proteção das vítimas, além de contribuir para a coleta de dados epidemiológicos importantes para o planejamento de políticas públicas.
Análise das alternativas incorretas:
B -
A opção B está incorreta porque a notificação compulsória, no contexto de saúde, é feita às autoridades de saúde e não diretamente à polícia. Embora a vítima tenha o direito de registrar a ocorrência, a função do profissional de saúde é garantir apoio e encaminhamentos adequados no âmbito da saúde.
C -
A opção C está incorreta porque, no contexto apresentado, o encaminhamento para um médico legista não faz parte das responsabilidades imediatas do ginecologista. O foco inicial deve ser o cuidado e suporte à saúde da mulher, bem como a notificação para garantir protocolos adequados de acompanhamento.
D -
A opção D está errada porque ignora o direito da mulher ao aborto legal em casos de gravidez resultante de violência sexual, mesmo sem boletim de ocorrência, conforme as normas vigentes. A ultrassonografia pode ser parte do cuidado, mas não exclui a possibilidade de interrupção da gravidez, caso seja a escolha da mulher.
Conclusão:
Entender a legislação e os protocolos de saúde é fundamental para que os profissionais de saúde promovam um atendimento ético, legal e humanizado. Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!
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