Em relação aos aspectos linguísticos do texto, analisar os ...
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Ano: 2024
Banca:
OBJETIVA
Órgão:
CIRC - RS
Provas:
OBJETIVA - 2024 - CIRC - RS - Procurador Jurídico
|
OBJETIVA - 2024 - CIRC - RS - Oficial Administrativo |
OBJETIVA - 2024 - CIRC - RS - Contador |
OBJETIVA - 2024 - CIRC - RS - Auxiliar Administrativo |
Q3098384
Português
Texto associado
De onde vem o erro?
Desde o nascimento, a adaptação ao mundo exterior
se dá por tentativa e erro. Isso prossegue ao longo da vida.
O conhecimento não se constrói sem risco de erro.
No entanto, esse desempenha papel positivo quando é
reconhecido, analisado e superado. “O espírito científico se
constitui com base num conjunto de erros retificados”,
escrevia Bachelard.
Os erros nos educam quando tomamos consciência
deles, mas não nos ensinam suas fontes múltiplas e
permanentes, não nos dizem seu papel enorme e muitas
vezes nefasto.
O erro geralmente é subestimado, por falta de
consciência de que sua fonte está no próprio conhecimento
e de que ele constitui uma ameaça em toda e qualquer vida
e por toda a vida.
O erro é inseparável do conhecimento
humano, pois todo conhecimento é uma tradução seguida
por uma reconstrução. Ora, toda tradução, como toda
reconstrução, comporta risco de erro. A começar pelo
conhecimento dos sentidos, como a percepção visual: nossa
retina é estimulada por fótons e os traduz, segundo um
código binário, numa mensagem que é transmitida pelo
nervo óptico, reconstruída e logo transformada pelo cérebro
em percepção.
Ora, a percepção pode ser insuficiente (miopia,
presbiopia, surdez), pode ser perturbada pelo ângulo de
visão, pela distração, pela rotina e, sobretudo, pela emoção.
Por exemplo, os testemunhos sobre um acidente de
automóvel frequentemente são muito diferentes e até
opostos. É assim que nossas melhores testemunhas, nossos
sentidos, também podem se enganar.
Ideias e teorias são reconstruções intelectuais que
podem ser não só errôneas, mas ilusórias. Ademais, a
memória é outra fonte de erro, porque reconstrução de uma
construção que deixou sua marca cerebral. Quantos erros
involuntários nas reminiscências e lembranças!
A comunicação também é fonte de erro, como
indicou Shannon. Entre o emissor e o receptor, o malentendido e o mal compreendido podem até se tornar
origem de conflito.
As decisões errôneas tomadas nas incertezas e nos
riscos da vida podem provocar as piores consequências. A
mentira é, evidentemente, fonte de erro quando nela se
acredita. Mas a pior mentira, que só pode encontrar
antídoto na mente autocrítica, é aquela que o inglês chama
self deception, o autoengano: somos ao mesmo tempo
enganadores e enganados. Esse fenômeno, muito corrente,
esconde de nós mesmos verdades pouco lisonjeiras,
vergonhosas ou incômodas.
Fonte: Revista Brasileira. 2024. Adaptado.
Em relação aos aspectos linguísticos do texto, analisar os
itens.
I. A substituição de “sobre” (segundo período do 5º parágrafo) por “acerca de” manteria o sentido e a correção gramatical do trecho.
II. A substituição de “mundo” (1º parágrafo) por “vida” e, por consequência, do “ao” que o antecede por “a”, permitiria, de modo facultativo, o emprego do acento indicativo da crase (“a/à vida”).
III. A substituição de “nela” (segundo período do último parágrafo) por “dela” manteria o sentido e a correção gramatical do excerto.
Está CORRETO o que se afirma:
I. A substituição de “sobre” (segundo período do 5º parágrafo) por “acerca de” manteria o sentido e a correção gramatical do trecho.
II. A substituição de “mundo” (1º parágrafo) por “vida” e, por consequência, do “ao” que o antecede por “a”, permitiria, de modo facultativo, o emprego do acento indicativo da crase (“a/à vida”).
III. A substituição de “nela” (segundo período do último parágrafo) por “dela” manteria o sentido e a correção gramatical do excerto.
Está CORRETO o que se afirma: