A Doença Renal Crônica (DRC) é caracterizada pela perda lent...

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Q2069639

Ano: 2022 Banca: UPENET/IAUPE Órgão: SES-PE Prova: UPENET/IAUPE - 2022 - SES-PE - Residência Multiprofissional em Saúde - Fisioterapia |

Q2069639 Fisioterapia

A Doença Renal Crônica (DRC) é caracterizada pela perda lenta, progressiva e irreversível das funções renais, e apesar dos diversos métodos de tratamento desta doença, o mais utilizado ainda é a hemodiálise (HD). Tanto a doença quanto o tratamento podem gerar um impacto negativo, repercutindo na redução da capacidade funcional, força muscular dos pacientes e na qualidade de vida dos doentes renais. Este impacto negativo sobre a saúde dos doentes renais leva a crer que eles possam desenvolver uma síndrome clínica chamada fragilidade.
Sobre a fragilidade e os instrumentos de avaliação, analise as afirmativas e assinale a INCORRETA.

A síndrome da fragilidade se caracteriza pela diminuição da força energética e aumento da performance, desencadeando um declínio de múltiplos sistemas fisiológicos e orgânicos que levam a um estado de menor vulnerabilidade e limitação da capacidade de manutenção da homeostase no indivíduo.

A fragilidade gera prejuízos práticos à vida do paciente e de sua família, tanto clínica quanto psicológica e social, pois é associada a um maior risco de consequências adversas, como vulnerabilidade, dependência, hospitalização e óbitos.

A avaliação da fragilidade possibilita a identificação das características a ela relacionadas, permitindo a proposição de intervenções para prevenir a ocorrência de desfechos relacionados à incapacidade funcional e ao surgimento de doenças.

O instrumento Edmonton Frail Scale (EFS) avalia nove domínios: estado geral de saúde, independência funcional, suporte social, uso de medicamentos, nutrição, humor, continência, desempenho funcional e cognição. Permite, além de identificar a presença de fragilidade, classificá-la quanto ao seu grau de severidade entre leve, moderada e severa, e identificar a vulnerabilidade do indivíduo para tal.

O instrumento Índice de Vulnerabilidade Clínico Funcional-20 (IVCF) apresenta como resultado a presença ou não de fragilidade, avaliando nove domínios, contemplando aspectos multidimensionais da condição de saúde, sendo constituído por 20 questões distribuídas em seções, como idade, autopercepção da saúde, incapacidades funcionais, cognição, humor, mobilidade, comunicação e comorbidades múltiplas.

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Alternativa Correta: A

A questão aborda a fragilidade no contexto de pacientes com Doença Renal Crônica (DRC) em hemodiálise. É importante entender que a fragilidade é uma síndrome clínica que se refere a um estado de vulnerabilidade aumentado, devido a um declínio em múltiplos sistemas fisiológicos e orgânicos. Isso pode resultar em impactos negativos sobre a capacidade funcional e qualidade de vida dos pacientes.

Vamos analisar as alternativas:

Alternativa A: Esta afirmação está incorreta porque descreve a fragilidade como um aumento da performance e menor vulnerabilidade, o que é um equívoco. A fragilidade, na verdade, envolve uma diminuição da capacidade energética e um aumento na vulnerabilidade, levando a limitações na manutenção da homeostase.

Alternativa B: Esta afirmação está correta. A fragilidade, de fato, resulta em consequências práticas para o paciente e sua família, aumentando os riscos de vulnerabilidade, dependência, hospitalização e até mesmo óbitos.

Alternativa C: A avaliação da fragilidade é essencial para identificar suas características e propor intervenções que possam prevenir desfechos relacionados à incapacidade funcional. Portanto, esta afirmação está correta.

Alternativa D: O Edmonton Frail Scale (EFS) é um instrumento validado que avalia vários domínios relacionados à fragilidade, como saúde geral, independência funcional, suporte social, entre outros. Também classifica a fragilidade em graus de severidade, o que torna esta alternativa correta.

Alternativa E: O Índice de Vulnerabilidade Clínico Funcional-20 (IVCF) também está correto ao descrever como um instrumento que avalia a presença de fragilidade através de aspectos multidimensionais da saúde.

Portanto, a alternativa A é a única incorreta, já que apresenta uma definição errônea da síndrome de fragilidade.

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