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Q2937615 Antropologia
Roberto DaMatta em seu livro “Relativizando” localiza a raiz das diferenças entre ciências naturais e sociais no fato de que, enquanto na primeira a natureza não reage diretamente ao estímulo do pesquisador, na segunda esta interação é evidente. Para o antropólogo, a existência humana é uma experiência que tem lugar em distintas sociedades, nas quais os homens acentuam suas distinções, em complexos processos que envolvem reações aos estímulos da natureza, combinando adaptação e transformação do meio ambiente. Tais processos são presididos pela cultura, que seria o que distingue as sociedades humanas de outras existentes no reino animal.Acultura, nos termos do autor, seria:
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Gabarito: Alternativa A

Vamos analisar esta questão com atenção, pois ela aborda um tema crucial na antropologia: o conceito de cultura segundo Roberto DaMatta. Este é um conceito central para entender a diferença entre as ciências sociais e naturais, algo que é destacado no texto de apoio.

A questão pede que identifiquemos como DaMatta define a cultura. A cultura, para ele, é uma ferramenta que distingue as sociedades humanas de outras formas de vida, sendo uma tradição viva que é elaborada e transmitida conscientemente entre gerações.

Vamos agora justificar a escolha da alternativa A:

A - uma tradição viva, conscientemente elaborada, que passa de geração em geração, permitindo individualizar ou singularizar uma dada comunidade em relação a outras.

Essa alternativa está correta porque reflete a visão de DaMatta sobre a cultura como algo que individualiza e singulariza sociedades. A cultura é vista como uma construção dinâmica e viva que evolui e se adapta, mas que mantém a identidade de um grupo ao longo do tempo.


Agora, vamos analisar por que as outras alternativas estão incorretas:

B - uma teia de significados que é tecida pelo próprio homem, em interação com os demais.

Embora esta definição seja bastante associada a Clifford Geertz, que também é um antropólogo renomado, não é a definição específica que DaMatta usa. Geertz descreveu a cultura como uma "teia de significados", mas DaMatta enfatiza a tradição viva e a singularização.

C - um complexo emaranhado de práticas, símbolos e linguagens, que classifica e estratifica tudo dentro de uma sociedade humana.

Esta definição se aproxima de um conceito mais funcionalista e estruturalista da cultura, mas não foca na ideia de cultura como tradição viva e identitária que DaMatta propõe.

D - um conhecimento sobre um todo social, que passa de geração em geração, e que serve fundamentalmente para distinguir o membro de um grupo, em relação a outros, oriundos de outras sociedades.

A palavra "conhecimento" aqui é vaga e não captura a essência da cultura como algo que é elaborado e conscientemente transmitido, além de não ressaltar a importância da vivacidade e da adaptação cultural que DaMatta descreve.

E - o conhecimento sedimentado de uma sociedade, que se propaga no tempo, mas sempre em função de um mesmo espaço social.

Novamente, a ênfase em "conhecimento sedimentado" sugere algo fixo e estático, o que não condiz com a visão de DaMatta sobre a cultura como uma tradição viva e dinâmica.


Para questões como esta, é importante interpretar o enunciado cuidadosamente e lembrar dos conceitos principais dos autores mencionados. Atenção a palavras-chave e ao contexto geral da obra do autor pode ajudar a evitar pegadinhas.

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