Em O negro no mundo dos brancos , Florestan Fernandes defend...

Alternativa correta: C.

Para compreendermos o tema da questão, precisamos entender as ideias de Florestan Fernandes sobre a chamada "democracia racial" no Brasil. Segundo Fernandes, a ideia de que o Brasil seria uma democracia racial é, na verdade, uma forma de mascarar e perpetuar as desigualdades raciais no país. Ele argumenta que essa democracia é falsa, pois negros e mulatos são socializados para tolerar, aceitar e endossar as formas existentes de desigualdade racial.

Vamos agora justificar a alternativa correta e explicar por que as outras alternativas estão incorretas.

Alternativa C (Correta): Esta alternativa está correta porque reflete precisamente o argumento de Florestan Fernandes. Ele afirma que a democracia racial é falsa, pois as pessoas negras são socializadas para aceitar e tolerar as desigualdades raciais, o que perpetua essas desigualdades ao invés de enfrentá-las. Fernandes sugere que essa aceitação passiva das desigualdades impede o fortalecimento de movimentos sociais que poderiam lutar pela democratização das relações raciais.

Alternativa A: Esta alternativa está incorreta pois faz uma confusão entre a divisão de classes sociais e a divisão racial. Florestan Fernandes reconhece que ambas as divisões existem, mas em seu argumento sobre a democracia racial, ele foca especificamente na questão racial e não na divisão de classes como o ponto central.

Alternativa B: A alternativa B diz que a democracia racial é inconsistente porque alguns indivíduos em condições excepcionais confirmam a regra e elaboram os interesses da coletividade negra. No entanto, Fernandes argumenta que a democracia racial é falsa, e não apenas inconsistente, porque a aceitação das desigualdades é algo sistemático e estrutural, e não apenas uma questão de exceções.

Alternativa D: A alternativa D sugere que a democracia racial é disforme devido às variações regionais na aceitação do negro na sociedade dos brancos. Embora haja variação regional, essa não é a principal crítica de Fernandes. Ele argumenta que a democracia racial é falsa em todo o Brasil, independentemente das variações regionais.

Alternativa E: Esta alternativa afirma que a democracia racial é inexistente devido à invisibilidade social do branco e destaque das minorias. Isso distorce a análise de Fernandes, que fala sobre a invisibilidade e aceitação das desigualdades vividas pelos negros, e não sobre a invisibilidade dos brancos.

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