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Itália aposta no STF para extraditar Battisti


O governo da Itália decidiu considerar esgotadas todas as negociações com o Executivo brasileiro e apostar todas as suas fichas no Supremo Tribunal Federal para obter a extradição do terrorista Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua pela Justiça italiana pelo assassinato de quatro pessoas.

Conforme a Folha apurou, a convocação do embaixador da Itália em Brasília, Michele Valensise, ocorreu com duas intenções. A primeira, para manifestar a “amargura” e a “decepção” pela decisão do governo brasileiro de conceder refúgio a Battisti. A outra foi operacional, para definir as formas de atuação junto ao STF.

Valensise chegou ontem a Roma e já se encontrou com o chanceler Franco Frattini para fazer um relato de seus contatos no Brasil e repassar as brechas que ainda existem para que Battisti seja extraditado.

O embaixador deverá ter novos encontros com autoridades do Executivo e do Judiciário italianos, mas a orientação do chanceler é que ele possa voltar a Brasília nos próximos dias.

Chamar o embaixador para consultas é, sob o ponto de vista diplomático, uma manifestação explícita de desagrado e de mal-estar. Apesar disso, a intenção da Presidência e da chancelaria italianas é concentrar suas críticas no ministro da Justiça, Tarso Genro, que decidiu pelo refúgio a Battisti, e assim mesmo reconhecer que, pela legislação brasileira, ele tinha de fato essa prerrogativa.

Na avaliação italiana, Tarso Genro não teria errado ao avocar para si a decisão, mas o mérito de sua medida tem de ser discutido. Pelos relatos levados pelo embaixador ao chanceler, não cabe ao STF julgar o mérito dos crimes cometidos por Battisti quando ele militava no PAC (Proletários Armados pelo Comunismo), mas cabem, sim, duas etapas de julgamento.

A primeira é se a concessão do refúgio com uma canetada do ministro elimina a análise do pedido de extradição feito pela Itália. Em caso afirmativo, o caso está encerrado e Battisti tem o direito de permanecer no Brasil. Em caso negativo, o STF deverá julgar a segunda fase, sobre a extradição em si.

O chanceler e o embaixador italianos repassaram o pedido e informaram ao seu governo que está “bem fundamentado, tem legitimidade” e, assim, boas chances de ser acatado pelo tribunal brasileiro.

Apesar da tensão, há duas manifestações distintas no governo e na chancelaria da Itália: uma para a opinião pública, dura e irritada contra o Brasil; a outra para Brasília, mais amena e política, justificando que a “dureza” é necessária para satisfazer a pressão interna. Tanto na avaliação do Planalto e do Itamaraty quanto na Embaixada da Itália em Brasília, um dos fatores para a atual crise tem sido o papel da imprensa, que, segundo os dois lados, tem atuado para “botar fogo” num clima já quente.

Uma das missões do embaixador é tentar apaziguar os ânimos. A ordem do presidente Lula aos ministros e assessores é silenciar sobre o assunto.

Ontem, Frattini afirmou a uma rádio italiana que “o Brasil é um país amigo da Itália e continuará sendo, mas a sua atitude neste caso não é aceitável. Iremos até o fim”. “Esperamos que o Brasil entenda as nossas razões”, disse o chanceler.

A Câmara dos Deputados da Itália aprovou ontem uma moção dos partidos governistas e de oposição exigindo que o Brasil revogue o refúgio.


Texto adaptado do jornal Folha de São Paulo, quinta-feira, 29 de janeiro de 2009. Brasil A7

Em “Valensise chegou ontem a Roma...” e em “...ele possa voltar a Brasília...”, não temos sinal indicativo de crase, porque Roma e Brasília são nomes de gênero feminino que

Alternativas

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Vamos analisar a questão sobre o uso do sinal indicativo de crase no contexto dos nomes próprios de lugares, especificamente "Roma" e "Brasília". A pergunta investiga o motivo pelo qual não há crase nestes casos.

A resposta correta é a alternativa B - "não admitem artigo feminino anteposto".

Justificativa da alternativa correta: A crase ocorre quando há a fusão da preposição "a" com o artigo definido feminino "a(s)". No caso de "Roma" e "Brasília", esses são nomes próprios de cidades que, no português, não utilizam artigos definidos femininos antes deles. Assim, não há a fusão que resulta no uso da crase.

Análise das alternativas incorretas:

A - "Indicam nomes próprios de lugar." Essa afirmação é verdadeira, porém não explica a ausência da crase. O fato de serem nomes próprios não determina o uso ou não de crase, mas sim a presença ou ausência de artigo.

C - "Indicam locuções adverbiais de lugar." Essa afirmação está incorreta porque "Roma" e "Brasília" não são locuções adverbiais. São apenas nomes próprios de lugares, e o uso de locuções adverbiais requer outras formações, como "à direita" ou "à frente".

D - "Não requerem complemento para os verbos." Essa afirmação não é pertinente à questão da crase. O uso de complemento verbal não influencia diretamente a necessidade de crase.

E - "Indicam as capitais da Itália e do Brasil." Embora verdadeiro, isso não justifica a ausência da crase. A explicação correta está na ausência do artigo feminino, como mencionado na alternativa correta.

Compreender o uso da crase requer atenção à presença do artigo feminino e da preposição "a". No caso de cidades que não utilizam artigos, como "Roma" e "Brasília", a crase não se aplica. Espero que a explicação tenha ajudado a esclarecer suas dúvidas!

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Comentários

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crase não é utilizada antes dos nomes "Roma" e "Brasília" porque, como nomes próprios de cidades, não admitem artigo feminino anteposto.

Portanto, a alternativa correta é:

B) não admitem artigo feminino anteposto.

Não possui o uso da crase, pois quando você vai a Roma, você volta "de Roma" e não "da Roma". Logo, não admitem o artigo femenino anteposto.

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