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Conversas de fim de dia
Às vezes a gente só quer que o dia acabe. E pede baixinho para os céus – ou para o teto do nosso quarto – que, por favor, o amanhecer cure os problemas que aqui rodopiam. Sem saber o porquê de tantas derrotas seguidas, a gente continua lutando, doando o coração sem pudor, trabalhando como se precisasse tirar o pai da forca, ficando feliz com a alegria dos outros. E, mesmo estando sempre sorrindo, observa como ultimamente a vida só tem nos poupado seus momentos de alegria.
É crise na economia. É crise no coração. É crise na esperança do que está por vir. Parece que nadar contra a maré virou uma constante. No fundo a gente sabe que não pode desistir dos sonhos, dos estudos, dos amores, das conquistas, das esperanças que nos tiram todo dia. Mas dá tanta vontade... Dói demais. O ânimo virou luxo. Parece impossível vencer os desafetos.
Assim, como se essa conversa ainda fosse com meu ventilador de teto, espero que as coisas melhorem. E que o próximo motivo para eu não conseguir dormir à noite seja muita alegria.
Crônica do livro “Só a gente sabe o que sente” - Frederico Elboni
Assinale a alternativa incorreta com relação ao texto.