Fatores desenvolvimentais, não diretamente incluídos nos cr...

A alternativa correta é a B: "a identificação desses fatores possibilita estratégias de prevenção primária, uma vez que aborda estágios prévios ao estabelecimento de doença mental e de seus consequentes prejuízos funcionais."

Vamos entender detalhadamente o porquê dessa ser a alternativa correta e as razões das demais estarem incorretas.

Alternativa B: Esta alternativa está correta porque a identificação de fatores desenvolvimentais, como antecedentes cognitivos e traços de personalidade infantil, pode, de fato, possibilitar estratégias de prevenção primária. Isso ocorre pois esses fatores podem ser abordados antes mesmo do estabelecimento de doenças mentais, prevenindo potenciais prejuízos funcionais futuros. A prevenção primária é essencial para reduzir a incidência de comportamentos suicidas, atuando de maneira proativa.

Alternativa A: Está incorreta porque afirma que "antecedentes cognitivos e traços de personalidade infantil nunca estão envolvidos em comportamentos suicidas em fases adultas". Na realidade, diversos estudos mostram que fatores como traços de personalidade e antecedentes cognitivos na infância podem, sim, influenciar a propensão ao comportamento suicida na vida adulta. Fatores como baixa autoestima, pessimismo e traços de neuroticismo são exemplos de características desenvolvimentais que podem ter impacto.

Alternativa C: Também está incorreta. A presença de abuso físico na infância é um fator que comprovadamente aumenta o risco de comportamento suicida. Experiências traumáticas, como abuso físico, tem uma relação direta com transtornos mentais e, consequentemente, com o risco de suicídio.

Alternativa D: Esta alternativa é falsa ao afirmar que "neuroticismo, ansiedade e desregulação comportamental são características raramente implicadas na etiologia de tentativas de suicídio ou de suicídio". Pelo contrário, essas características são frequentemente encontradas em estudos sobre a etiologia do comportamento suicida. Pessoas com altos níveis de neuroticismo ou ansiedade têm maior risco de desenvolver pensamentos e comportamentos suicidas.

Alternativa E: Incorreta por afirmar que "uma história de abuso sexual na infância parece não alterar o risco suicida de um adulto". Na verdade, a literatura científica mostra que abusos sexuais na infância estão fortemente associados ao aumento do risco de suicídio na vida adulta. Isso ocorre devido aos impactos duradouros e profundos que tais experiências traumáticas podem causar na saúde mental do indivíduo.

Espero que esta explicação tenha sido clara e útil para você. Qualquer dúvida, estou à disposição para ajudar!