O psicodiagnóstico fenomenológico introduz algumas mudanças...

A alternativa E é a correta nesta questão.

O psicodiagnóstico fenomenológico é uma abordagem que integra o diagnóstico e a intervenção, considerando-os processos simultâneos e complementares. Essa visão reflete uma prática mais dinâmica e interativa, onde o profissional de psicologia não apenas observa e avalia, mas também intervém no processo terapêutico enquanto ele acontece.

Vamos agora analisar por que as demais alternativas estão incorretas:

A - Afirmar que a devolução é feita somente ao final e não durante o processo contraria a lógica fenomenológica, que valoriza o feedback contínuo e o diálogo constante entre psicólogo e paciente.

B - A minimização do sentido da experiência dos envolvidos é oposta ao conceito fenomenológico, que preza por uma compreensão profunda e significativa das experiências subjetivas de cada indivíduo.

C - A ideia de uma relação hierarquizada e com divisão de tarefas vai contra a essência da fenomenologia, que busca uma relação de igualdade e parceria entre paciente e psicólogo.

D - Considerar o cliente um parceiro passivo desconsidera a abordagem fenomenológica, que vê o cliente como um agente ativo e essencial no processo de compreensão e intervenção.

Portanto, a alternativa E destaca corretamente a característica fundamental do psicodiagnóstico fenomenológico, integrando diagnóstico e intervenção de maneira complementar.

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O modelo fenomenológico: cliente como parceiro ativo, relação de cooperação entre cliente e psicólogo. Considera o processo psicodiagnóstico uma prática interventiva: diagnóstico e intervenção são processos simultâneos e complementares; devolução feita durante o processo e não ao final; enfatiza o sentido da experiência dos envolvidos no processo; redefine a relação paciente E psicólogo em termos de poder, papéis e realização de tarefas. (ARAÚJO, 2007)

PSICODIAGNÓSTICO INTERVENTIVO FENOMENOLÓGICO (YEHIA)

Introduz algumas mudanças significativas no modelo tradicional. Dentre suas inovações, destacam-se 4 características principais:

Considera o processo psicodiagnóstico uma prática interventiva

• Diagnóstico e intervenção são processos simultâneos e complementares;
• Possibilidade de intervenção durante o desenvolvimento do processo diagnóstico;
• Desenvolvimento do psicodiagnóstico como processo participativo e interventivo;

Propõe que a devolução seja feita durante o processo e não ao final

• São propostas devolutivas ao longo do processo, acerca do mundo interno do cliente;
• São assinalamentos, pontuações, clarificações, que permitem ao cliente buscar novos significados para suas experiências, apropriar-se de algo sobre si mesmo e ressignificar suas experiências anteriores;

Enfatiza o sentido da experiência dos envolvidos no processo

• Psicodiagnóstico se propõe explicitar o sentido da experiência do cliente;
• Promove novas possibilidades existenciais na medida em que trabalha com o outro a transformação de seu projeto;
• Apelo à abertura de novas possibilidades em vez da busca de uma adequação a algo considerado “normal” pela ciência, respeitando a cultura e o contexto familiar;

Redefine a relação paciente-psicólogo em termos de poder, papéis e realização de tarefas

• Reavaliação do papel desempenhado pelo cliente e pelo psicólogo: são corresponsáveis pelo trabalho desenvolvido;
• O cliente é um parceiro ativo e envolvido no trabalho de compreensão e eventual encaminhamento posterior;
• O psicólogo se afasta do lugar de técnico ou especialista detentor do saber e estabelece com o paciente uma relação de cooperação, em que a capacidade de ambas as partes, de observarem, aprenderem e compreenderem, constitui a base indispensável ao trabalho;
• Deslocamento do saber, uma outra postura ética em que não existe um saber dado a priori ou uma verdade a ser transmitida, mas uma construção conjunta de sentidos;

Gabarito: E