Um trabalhador, durante uma consulta de exame admissional, ...
Um trabalhador, durante uma consulta de exame admissional, refere ser portador de válvula cardíaca mecânica e que faz uso regularmente do medicamento varfarina oral, a fim de evitar a formação de trombos.
Um técnico de enfermagem, preocupado com os alimentos que podem interagir com a eficácia do medicamento, inibindo sua ação, deve orientá-lo a evitar a ingestão de alimentos ricos em
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A alternativa correta é: D - vitamina K
Vamos começar compreendendo o contexto da questão. Um paciente que utiliza varfarina, um medicamento anticoagulante, precisa estar atento a interações alimentares que possam interferir na eficácia do medicamento. A varfarina age inibindo a ação da vitamina K na síntese de fatores de coagulação. Portanto, a ingestão de alimentos ricos em vitamina K pode reduzir a eficácia da varfarina, aumentando o risco de formação de trombos.
Justificativa da alternativa correta:
Vitamina K é diretamente envolvida no processo de coagulação sanguínea. Alimentos ricos em vitamina K (como vegetais de folhas verdes, brócolis, e couve) podem inibir a ação da varfarina, pois a vitamina K é essencial para a produção de fatores de coagulação. É crucial que pacientes em uso de varfarina mantenham uma ingestão consistente e monitorada de vitamina K para evitar variações na coagulação sanguínea.
Análise das alternativas incorretas:
A - Vitamina E: Embora a vitamina E também tenha algumas propriedades anticoagulantes, ela não inibe a ação da varfarina como a vitamina K faz. O efeito da vitamina E em excesso pode, na verdade, aumentar o risco de sangramento.
B - Vitamina D: Essencial para a saúde óssea e processos metabólicos, a vitamina D não tem uma interação significativa com o mecanismo de ação da varfarina.
C - Vitamina C: Comumente associada à imunidade e saúde da pele, a vitamina C em doses normais não possui uma interação direta com a varfarina.
E - Vitamina B: As vitaminas do complexo B são importantes para o metabolismo celular e produção de energia, mas não afetam a ação da varfarina.
É importante que profissionais de saúde, como técnicos de enfermagem, estejam cientes das interações medicamentosas e nutricionais para fornecer orientações adequadas aos pacientes. Este conhecimento é crucial na prática clínica para garantir a segurança e eficácia do tratamento medicamentoso.
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Gabarito: Letra D.
De acordo com o artigo Vitamina K: Metabolismo, Fontes e Interação com o Anticoagulante Varfarina
A vitamina K é lipossolúvel, principalmente, na coagulação sanguínea. Se apresenta sob as formas de filoquinona (K1 -predominante), dihidrofiloquinona (dK), menaquinona (K2 ) e menadiona (K3 ).
Os fatores que interferem em sua absorção são: má absorção gastrintestinal, secreção biliar, ingestão insuficiente e uso de anticoagulantes, entre outros.
Os alimentos folhosos verde escuro, os preparados à base de óleo, oleaginosas e frutas como o kiwi, abacate, uva, ameixa e figo contêm teores significantes de vitamina K, enquanto que os cereais, grãos, pães e laticínios possuem teores discretos. A ingestão diária de aproximadamente 1µg por quilo de peso é considerada a mais segura, inclusive para a utilização de anticoagulantes orais, em que a concentração estável da vitamina proporciona a eficácia no tratamento.
A droga anticoagulante oral geralmente utilizada é a varfarina, administrada como profilática e para tratamento de fenômenos tromboembólicos. Essa intervenção medicamentosa é monitorada pelo tempo de protrombina expresso pela razão normalizada internacional, tendo como objetivo estabelecer a faixa terapêutica entre 2 e 3, minimizando o risco de hemorragias.
O efeito anticoagulante pode ser reduzido por fatores como ganho de peso, diarréia, vômito, idade menor que 40 anos e consumo excessivo de vitamina K na dieta alimentar.
Lembrando a cascata de coagulacao:
No processo de hemostasia, logo após a lesão vascular, ocorre vasoconstrição reflexa local, o que reduz instantaneamente o fluxo de sangue no local. Em seguida, as plaquetas interagem com o local da lesão, formando o tampão plaquetário primário, caracterizando a fase primária da hemostasia. Este tampão inicialmente é frouxo, porém, geralmente satisfatório para o controle da hemorragia se a lesão vascular for pequena. A ativação da cascata da coagulação resulta na formação de fibrina que estabiliza o tampão plaquetário primário, promovendo a formação do coágulo. A cascata da coagulação consiste na via intrínseca e na via extrínseca que convergem numa via comum a qual termina na formação do complexo denominado ativador da protrombina. Este, em presença de quantidade suficiente de Ca++ iônico, promove a conversão da protrombina em trombina. A trombina converte o fibrinogênio em monômeros de fibrina, que envolvem as plaquetas, as células sangüíneas e o plasma, para formar o coágulo, caracterizando a fase secundária da hemostasia .
fonte: Valores de referência do tempo de protrombina (TP) e tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPa) em cães
ALIMENTOS RICOS EM VITAMINA K
Segundo a Dra. Luciana, alguns nutrientes merecem atenção, como a vitamina K: "Ela é responsável pela coagulação e pode deixar o sangue mais grosso. Diminuir os alimentos ricos em vitamina K se torna importante caso a pessoa possua tendência a formar trombos ou já faça algum tratamento para a trombose. Ela não deve ser retirada da alimentação, mas deve-se evitar ou diminuir o consumo de grandes fontes de vitamina K como os vegetais verde escuros e os miúdos", destaca a profissional.
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