O autor da crônica usou, em sua maioria, verbos que pertenc...
A CANETA TINTEIRO
Íamos pra escola carregando na mala o mata-borrão.
Mata o quê?
Mata-borrão. Era um pedaço de papel bem poroso que a gente usava pra limpar a tinta que vazava da caneta tinteiro.
Caneta que vazava? Como assim?
É, vazava, soltava tinta. A gente tinha que carregar também, além da caneta, um potinho de vidro cheio de tinta preta ou azul, para encher a carga da caneta. Era uma trabalheira danada!
E mesmo com todo cuidado a caneta vazava, estragava o estojo de couro, comprado a duras penas, sujava a blusa, deixava aquela mancha envergonhada no branco imaculado da blusa do uniforme.
Estojo de couro, uniforme! Puxa, vó, que irado! Mas por que você não comprava uma BIC? Ia simplificar sua vida.
Ia, se ela existisse, como tudo mais que existe hoje e a gente nem sequer imaginava!
Fonte:
http://viveragora.com.br/cronicas-rapidas/