Poderíamos usar nossa liberdade para investir em muitos obj...
Texto I
A natureza das vidas que as pessoas podem levar tem sido objeto de atenção dos analistas sociais ao longo da história. Mesmo que os principais índices econômicos do progresso tendam a se concentrar no melhoramento de objetos inanimados de conveniência (por exemplo, no produto interno bruto, PIB), essa concentração poderia ser justificada, em última instância, apenas através do que esses objetos produzem nas vidas humanas que podem direta ou indiretamente influenciar. Temos excelentes razões para não confundir os meios com os fins, e para não considerarmos os rendimentos e a opulência como importantes em si, em vez de valorizá-los pelo que ajudam as pessoas a realizar, incluindo uma vida boa e que valha a pena.
A opulência econômica e a liberdade substantiva, embora não sejam desconectadas, frequentemente podem divergir. Mesmo com relação à liberdade de viver vidas longas (livres de doenças evitáveis), é notável que o grau de privação de grupos socialmente desfavorecidos em países muito ricos pode ser comparável ao das regiões mais pobres. A liberdade de evitar a morte prematura é incrementada por uma renda elevada (isso não se discute), mas ela também depende de outros fatores, em particular da organização social, incluindo a saúde pública e a garantia de assistência médica. Faz diferença se olharmos apenas para os recursos financeiros, em vez de considerarmos as vidas que as pessoas conseguem levar.
Ao avaliarmos nossas vidas, há razões para estarmos interessados na liberdade que realmente temos para escolher entre diferentes estilos de vida. O reconhecimento de que a liberdade é importante também pode ampliar nossa responsabilidade. Poderíamos usar nossa liberdade para investir em muitos objetivos que não são parte de nossas próprias vidas em um sentido restrito (por exemplo, a preservação de espécies ameaçadas). Trata-se de um tema importante na abordagem de questões como o desenvolvimento sustentável.
(Adaptado de Amartya Sen. A ideia de Justiça. São Paulo, Cia.
das Letras, 2011. p.259-61)
Poderíamos usar nossa liberdade para investir em muitos objetivos que não são parte de nossas próprias vidas em um sentido restrito.
A frase acima se encontra corretamente reescrita na voz passiva em:
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Gabarito letra b).
Dica para realizar a transposição da voz passiva para ativa:
1°) Identificar o tipo de verbo e se admite conversão para voz passiva (No caso, o verbo deve ser VTD ou VTDI);
2°) Identificar o sujeito e o objeto direto da oração;
3°) Para realizar a transposição, deve-se manter os tempos verbais. Ex: Realizou (Pretérito perfeito) -> Foi (Pretério perfeito) + realizado (particípio);
4°) Aplicar a seguinte regra: O sujeito da voz ativa se torna o agente da passiva, na voz passiva. Enquanto, o objeto direito da voz ativa se torna o sujeito da voz passiva.
Exemplo:
Voz ativa: O garoto (SUJEITO DA VOZ ATIVA) comeu (VTD) o bolo (OBJETO DIRETO DA VOZ ATIVA)
Voz passiva: O bolo (SUJEITO DA VOZ PASSIVA) foi comido pelo garoto (AGENTE DA PASSIVA)
Link para complemento: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf73.php
Apartir da explicação acima, analisar a questão: (SUJEITO OCULTO = NÓS) Poderíamos usar (PRESENTE) nossa liberdade (OBJETO DIRETO) para investir em muitos objetivos que não são parte de nossas próprias vidas em um sentido restrito.
Convertendo para voz passiva: Nossa liberdade poderia ser usada para investirmos em muitos objetivos que não são parte de nossas próprias vidas em um sentido restrito
*Obs: Conclui-se que na voz passiva não há objeto direto, pois este já se tornou sujeito da voz passiva.
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