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Q2234297 Psiquiatria
     Ana, com 35 anos de idade, em consulta com o terceiro psiquiatra que procura para seu tratamento, relata que foi diagnosticada com transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) aos doze anos de idade. Atualmente, ela só sai de casa pela manhã depois de limpar com álcool todas as portas dos armários de sua cozinha, preocupada com contaminação. Além disso, ela teme que o cheiro de seu corpo incomode outras pessoas e borrifa aromatizante de ambiente toda vez que sai de uma sala ou de um cômodo. O escore da Escala de Sintomas Obsessivo-Compulsivos de Yale-Brown (Y-BOCS) aplicada a Ana foi de 32, de um máximo de 40, o que indica TOC grave. Já foram feitas tentativas de tratamento com doses máximas de dois inibidores seletivos da receptação de serotonina (ISRS), fluoxetina e sertralina, e, atualmente, ela toma clomipramina 100 mg, duas vezes ao dia, mas ainda apresenta obsessões e compulsões que interferem em seus relacionamentos com amigos e familiares.  

A partir desse caso clínico hipotético, julgue o item que se segue. 

O TOC descrito nesse caso clínico é considerado como TOC resistente ao tratamento.

Alternativas

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Para resolver a questão de forma eficaz, é importante compreender alguns aspectos fundamentais sobre o Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) e suas abordagens terapêuticas.

O tema central da questão é a avaliação da resistência ao tratamento em casos de TOC. Ana apresenta um caso de TOC grave, evidenciado por um escore elevado na Escala de Sintomas Obsessivo-Compulsivos de Yale-Brown (Y-BOCS) e uma história de tratamento com inibidores seletivos da receptação de serotonina (ISRS) e clomipramina, que ainda não resultaram em melhora significativa.

Alternativa correta: E - errado

Vamos esclarecer por que esta é a resposta certa:

Para se considerar um TOC como resistente ao tratamento, geralmente é necessário que o paciente não responda a dois ou mais tipos de intervenções terapêuticas, como diferentes ISRS, por um período de tempo adequado, além de outras possíveis abordagens, como terapia cognitivo-comportamental (TCC). No caso apresentado, Ana foi tratada com diferentes ISRS e clomipramina, mas a questão não menciona explicitamente se outras intervenções, especialmente TCC, foram tentadas.

Por que a alternativa 'C - certo' estaria incorreta?

Embora Ana tenha utilizado dois tratamentos farmacológicos sem sucesso, a designação de TOC como resistente requer a tentativa de intervenções adicionais, como a mencionada TCC, que não foi indicada no texto. Portanto, afirmar que o TOC é resistente somente com base nas informações apresentadas seria precipitado.

É crucial para a identificação correta de TOC resistente considerar todas as possíveis opções de tratamento que foram ou não exploradas.

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