Em obediência à mesma regra que justifica o acento gráfico d...
O debate sobre a presença das chamadas armas de choque no programa “Crack, é possível vencer”, do Ministério da Justiça, precisa ser mais bem compreendido. Essa droga devastadora provoca um drama que assusta e comove a todos, e traz à tona uma triste realidade. Está ali a prova de que a família, a sociedade e a educação como um todo falharam. Hoje, além de uma questão de saúde pública, o crack virou problema de segurança pública.
Em uma ponta, estão os dependentes que precisam urgentemente de ajuda. Na outra a população que se depara diariamente com os ameaçadores zumbis nas ruas da cidade e os profissionais que vão a campo fazer o trabalho de acolhimento para encaminhá-los a tratamento.
Acontece que, muitas vezes, esses indivíduos se encontram extremamente agressivos. Como agir numa situação assim? Não fazer nada? Conter a fúria por arma de fogo? A resposta passa pelo uso proporcional da força, defendido pela ONU, no qual as tecnologias não letais têm papel central - entre elas estão as armas de choque, o spray de pimenta e a munição de borracha, entre outros.
A adoção de armas de choque nessas operações tem como objetivo dar ao agente da lei, devidamente treinado, uma ferramenta para controlar uma possível reação agressiva, reduzindo ao máximo seu risco de vida e preservando a integridade dos profissionais envolvidos na operação e dos próprios viciados.
A ideia não é distribuir choques indiscriminadamente, mas somente quando todas as etapas anteriores do uso progressivo da força, tal qual defendido pela ONU (conversa, advertência, spray de pimenta, técnicas corporais de imobilização - quando viáveis), não forem suficientes. O choque é o último grau a ser usado antes da arma de fogo.
O problema das drogas, problema no mundo todo, se agravou com o crack, que precisa ser contido de forma contundente, em nome da recuperação de uma geração de jovens que estão perdendo a luta para a droga - esta sim, letal.
Ricardo Balestreri (ex-secretário nacional de Segurança Pública)
O Globo, 02 de dezembro de 2012, 1º caderno, página 15.
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Vamos analisar a questão que aborda o tema de ortografia, especificamente o uso do acento gráfico em palavras da língua portuguesa. O foco está em identificar a regra que justifica o acento no vocábulo advertência.
A palavra advertência é acentuada por ser uma paroxítona terminada em ditongo crescente (-ência). Segundo a norma gramatical, as paroxítonas terminadas em ditongos crescentes recebem acento gráfico.
Vamos analisar cada alternativa:
A - demência, país, tóxico
Demência segue a mesma regra de advertência, pois é uma paroxítona terminada em ditongo crescente (-ência). No entanto, país é uma oxítona acentuada por terminar em -i seguido de s, e tóxico é uma proparoxítona, que são sempre acentuadas. Assim, essa alternativa está incorreta.
B - ninguém, área, dependência
Área é uma paroxítona terminada em ditongo crescente, mas ninguém é uma oxítona acentuada por terminar em ditongo nasal, e dependência é uma paroxítona terminada em ditongo crescente, como advertência. Portanto, essa alternativa é incorreta.
C - mistério, saúde, saudável
Mistério é uma proparoxítona, saúde é uma paroxítona acentuada por terminar com vogal em hiato, e saudável é uma oxítona acentuada por terminar em -el. Nenhuma delas segue a regra das paroxítonas terminadas em ditongo crescente. Alternativa incorreta.
D - ignorância, imundície, mágoa
Todas as palavras (ignorância, imundície, mágoa) são paroxítonas terminadas em ditongo crescente, justificando o acento gráfico conforme a regra que se aplica a advertência. Portanto, esta é a alternativa correta.
Portanto, a alternativa correta é a D, pois todas as palavras são paroxítonas terminadas em ditongo crescente, obedecendo à mesma regra que justifica o acento em advertência.
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Comentários
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Letra D
Advertência ----> paroxítona terminada em ditongo
ignorância, imundície, mágoa ----->paroxítonas terminadas em ditongo
Ótima questão, essa acertei.
Na letra D todas as paroxítonas estão terminadas em ditongo, estando correta a questão.
Na letra C, apesar de serem todas paroxítonas, não possui a mesma justificativa: MISTÉRIO possui terminação em ditongo, SAÚDE é acentuada por conta do hiato e SAUDÁVEL por ser terminada em L.
Duvidas: http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/fono9.php
acertei tds miseravee srsr
GABARITO: LETRA D
ACRESCENTANDO:
Regra de Acentuação para Monossílabas Tônicas:
Acentuam-se as terminadas em -a(s), -e(s), -o(s).
Ex.: má(s), trás, pé(s), mês, só(s), pôs…
Regra de Acentuação para Oxítonas:
Acentuam-se as terminadas em -a(s), -e(s), -o(s), -em(-ens).
Ex.: sofá(s), axé(s), bongô(s), vintém(éns)...
Regra de Acentuação para Paroxítonas:
Acentuam-se as terminadas em ditongo crescente ou decrescente (seguido ou não de s), -ão(s) e -ã(s), tritongo e qualquer outra terminação (l, n, um, r, ns, x, i, is, us, ps), exceto as terminadas em -a(s), -e(s), -o(s), -em(-ens).
Ex.: história, cáries, jóquei(s); órgão(s), órfã, ímãs; águam; fácil, glúten, fórum, caráter, prótons, tórax, júri, lápis, vírus, fórceps.
Regra de Acentuação para Proparoxítonas:
Todas são acentuadas .Ex.: álcool, réquiem, máscara, zênite, álibi, plêiade, náufrago, duúnviro, seriíssimo...
Regra de Acentuação para os Hiatos Tônicos (I e U):
Acentuam-se com acento agudo as vogais I e U tônicas (segunda vogal do hiato!), isoladas ou seguidas de S na mesma sílaba, quando formam hiatos.
Ex.: sa-ú-de, sa-í-da, ba-la-ús-tre, fa-ís-ca, ba-ú(s), a-ça-í(s)...
FONTE: A GRAMÁTICA PARA CONCURSOS PÚBLICOS 3ª EDIÇÃO FERNANDO PESTANA.
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