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Q1102562 Português

Texto I

Conceitos da vida cotidiana

      A metáfora é, para a maioria das pessoas, um recurso da imaginação poética e um ornamento retórico – é mais uma questão de linguagem extraordinária do que de linguagem ordinária. Mais do que isso, a metáfora é usualmente vista como uma característica restrita à linguagem, uma questão mais de palavras do que de pensamento ou ação. Por essa razão, a maioria das pessoas acha que pode viver perfeitamente bem sem a metáfora. Nós descobrimos, ao contrário, que a metáfora está infiltrada na vida cotidiana, não somente na linguagem, mas também no pensamento e na ação. Nosso sistema conceptual ordinário, em termos do qual não só pensamos, mas também agimos, é fundamentalmente metafórico por natureza.         Os conceitos que governam nosso pensamento não são meras questões do intelecto. Eles governam também a nossa atividade cotidiana até nos detalhes mais triviais. Eles estruturam o que percebemos, a maneira como nos comportamos no mundo e o modo como nos relacionamos com outras pessoas. Tal sistema conceptual desempenha, portanto, um papel central na definição de nossa realidade cotidiana. 

     Para dar uma ideia de como um conceito pode ser metafórico e estruturar uma atividade cotidiana, comecemos pelo conceito de DISCUSSÃO e pela metáfora conceitual DISCUSSÃO É GUERRA. Essa metáfora está presente em nossa linguagem cotidiana numa grande variedade de expressões:

      Seus argumentos são indefensáveis.

      Ele atacou todos os pontos da minha argumentação.

     É importante perceber que não somente falamos sobre discussão em termos de guerra. Podemos realmente ganhar ou perder uma discussão. Vemos as pessoas com quem discutimos como um adversário. Atacamos suas posições e defendemos as nossas. Planejamos e usamos estratégias. Se achamos uma posição indefensável, podemos abandoná-la e colocar-nos numa linha de ataque. Muitas das coisas que fazemos numa discussão são parcialmente estruturadas pelo conceito de guerra. 

     Esse é um exemplo do que queremos dizer quando afirmamos que um conceito metafórico estrutura (pelo menos parcialmente) o que fazemos quando discutimos, assim como a maneira pela qual compreendemos o que fazemos. 

(LAKOFF, G. & JOHNSON, M. Texto adaptado de Metáforas da vida

cotidiana. Campinas: Mercado de Letras; São Paulo: Educ, 2002, p. 45-47.)

A frase “Eles governam também a nossa atividade cotidiana até nos detalhes mais triviais.” (2º§) estaria pontuada INADEQUADAMENTE com a seguinte reescritura:
Alternativas

Gabarito comentado

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Alternativa correta: B

A questão aborda o uso adequado da pontuação em uma frase que já estava corretamente pontuada no texto original. Ao modificar a pontuação, é necessário garantir que a clareza e a fluidez do texto sejam mantidas. Vamos entender por que a alternativa B é a correta e por que as outras alternativas estão incorretas.

Justificativa da alternativa correta:

A alternativa B ("Eles, governam também a nossa atividade cotidiana, até nos detalhes mais triviais.") está incorreta. Em português, o uso de vírgulas deve seguir regras claras para evitar pausas desnecessárias e garantir a clareza do texto. A pontuação correta da frase deveria ser: "Eles governam também a nossa atividade cotidiana até nos detalhes mais triviais".

Análise das alternativas incorretas:

A - Eles, até nos detalhes mais triviais, governam também a nossa atividade cotidiana.
Esta alternativa usa vírgulas para isolar "até nos detalhes mais triviais", o que está correto. No entanto, a ênfase e a estrutura original da frase são alteradas, tornando a pontuação inadequada no contexto da reescritura proposta.

B - Eles, governam também a nossa atividade cotidiana, até nos detalhes mais triviais.
Como mencionado anteriormente, essa alternativa está incorreta por adicionar vírgulas desnecessárias que interrompem a fluidez da frase original.

C - Eles governam, até nos detalhes mais triviais, também a nossa atividade cotidiana.
Aqui, a pontuação isola "até nos detalhes mais triviais" entre vírgulas novamente. Além disso, a posição de "também" após "triviais" provoca uma leitura truncada e confusa, diferente da estrutura original.

D - Eles governam também, até nos detalhes mais triviais, a nossa atividade cotidiana.
Nesta alternativa, "também" está isolado por vírgulas, o que altera o significado e a ênfase da frase. A pontuação aqui cria uma leitura truncada e desnecessária.

E - Até nos detalhes mais triviais, eles governam também a nossa atividade cotidiana.
Embora esta opção poderia ser considerada correta em termos de clareza e estrutura, ela altera a ênfase do texto original, colocando o foco inicial em "até nos detalhes mais triviais". No entanto, a questão pede para verificar a pontuação inadequada, e essa alternativa não contém pontuação inadequada.

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Comentários

Veja os comentários dos nossos alunos

GABARITO: LETRA B

? Queremos a alternativa incorreta:

? Eles, governam também a nossa atividade cotidiana, até nos detalhes mais triviais ? O sujeito está separado incorretamente de seu verbo pela vírgula.

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? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

B)Eles, governam também a nossa atividade cotidiana, até nos detalhes mais triviais.

A vírgula está separando erroneamente o sujeito do verbo.

GABARITO. B

Eles, governam também a nossa atividade cotidiana, até nos detalhes mais triviais.

A ordem canônica de uma frase em língua portuguesa é sujeitoverbo e complementos. Quando essa sequência é respeitada, não se coloca vírgula alguma. Então, resumidamente, não se separa por vírgula sujeito e predicado, nem verbo e complementos.

Não se separa o SUJEITO do VERBO.

GABARITO: B

não se separa SUVECA

Sujeito

Verbo

Complemento

Adjunto

não pode haver separação entre:

Sujeito e seu verbo - Ex.: João, saiu ontem.

Verbo e seu complemento - Ex.: Ricardo comprou, uma empresa.

Verbo e predicativo - Ex.: Felipe é, professor de inglês.

Nome e seu complemento ou adjunto - Ex.: Tenho um carro, de corrida, mas tenho medo, do trânsito.

Predicativo de seu objeto - Ex.: Considerei, chato o livro.

fonte: Estratégia

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