Assinale a alternativa correta.
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Gabarito comentado
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Alternativa Correta: A
Vamos analisar o conteúdo da questão e entender por que a alternativa A é a correta. A questão aborda o complexo tema da liberdade e do determinismo nas filosofias modernas e contemporâneas.
A alternativa A está correta ao afirmar que os filósofos do racionalismo se dedicaram a pensar a dupla definição do homem como ser determinado e livre. No racionalismo, há uma ênfase na capacidade da consciência humana de conhecer e decidir sobre suas ações, mesmo sob influências externas como cultura, tempo e espaço. Isso reconhece a consciência moral do homem como uma ferramenta para identificar e transcender condicionamentos.
Agora, vamos analisar as alternativas incorretas:
Alternativa B: Esta alternativa fala sobre a fenomenologia do século XX, que realmente aborda a questão da liberdade, mas o ponto destacado está incorreto em não reconhecer a importância do papel da razão e da consciência na relação com o mundo. A fenomenologia explora como nossos sentimentos e percepções influenciam nossa liberdade, mas não exclui a atividade da consciência.
Alternativa C: Aqui, há uma confusão sobre os conceitos de facticidade e transcendência. A fenomenologia, principalmente em autores como Heidegger, aborda a facticidade como a condição de estar-no-mundo, mas a transcendência não se refere simplesmente a estar como as coisas estão. Transcendência, nesse contexto, é a capacidade de ir além das condições factuais, mas isso não implica ignorar a dualidade de determinismo e liberdade.
Alternativa D: Maurice Merleau-Ponty realmente enfatiza a experiência do corpo e a compreensão do mundo, mas a frase “sou um corpo e não tenho um corpo” é uma simplificação de sua visão. Ele argumenta que nossa experiência corporal é central para como percebemos e interagimos com o mundo, mas a descrição apresentada na alternativa não captura completamente sua filosofia sobre liberdade.
Alternativa E: Embora esta alternativa descreva corretamente uma parte do pensamento de Jean-Paul Sartre, não está diretamente relacionada à questão do determinismo e da liberdade como solicitado. A frase “A existência precede a essência” refere-se à ideia de que o homem cria sua própria essência através de suas escolhas, mas isso não equilibra a polêmica entre determinismo e liberdade conforme o pedido na questão.
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"O racionalismo foi uma corrente filosófica muito importante da Modernidade. Como concepção de conhecimento filosófico, o racionalismo começa a tomar corpo durante o Renascentismo, mas as suas primeiras origens podem remontar à filosofia grega, com as teses idealistas platônicas e a concepção do princípio da causalidade.
O racionalismo tem como principal objetivo teorizar o modo de conhecer dos seres humanos, não aceitando qualquer elemento empírico como fonte do conhecimento verdadeiro. Para os racionalistas, todas as ideias que temos têm origem na pura racionalidade, o que impõe também uma concepção inatista, isto é, de que as ideias têm origens inatas no ser humano, nascendo conosco em nosso intelecto e sendo usadas e descobertas pelas pessoas que fazem melhor uso da razão. São considerados filósofos racionalistas Descartes, Spinoza e Leibniz."
Veja mais sobre "Racionalismo" em: https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/racionalismo.htm
Copiar texto de apostila de EAD é fuck off!
https://institutoine.com.br/arquivos/_5eb49a800924e.pdf
Cf. página 97 ... no PDF.
A banca tirou do texto as alternativas e suprimiu alguns termos e alterou outros. Como vocês podem ver abaixo, deixem em negrito aquilo que foi modificado ou excluído. Embora realmente a alternativa (A) esteja igual, a alternativa (B) também está correta, uma vez que a simples eliminação de um termo em uma disjunção não falsifica a frase como um todo. Por exemplo, "você compra cigarro ou pão", comprei cigarro. A conclusão ainda estaria correta, uma vez que se escolhe um dos dois. A banca deveria ter alterado a relação de efetividade na liberdade, e não excluir um termo independente.
(A) Os filósofos desta corrente procuram pensar a dupla definição do homem como ser determinado e livre. Para eles, o homem é dotado de consciência moral enquanto é capaz de conhecer e decidir sobre suas ações, de modo que mesmo sofrendo influência da cultura, do tempo e do espaço, ele pode identificar estes condicionamentos.
(B) No século XX, os filósofos da corrente da Fenomenologia tematizaram a questão da liberdade visando a superar justamente a inclusão recíproca ou a antinomia determinismo-liberdade. Para eles, a liberdade não se efetivaria pela privilegiada atividade da consciência ou da razão, mas a partir de um sujeito situado no espaço e no tempo e capaz de se relacionar com o mundo e consigo mesmo.
(C) Por isso, ao invés de os filósofos desta teoria falarem em determinismo e liberdade, referem-se à facticidade (o fato de o sujeito estar no mundo, na forma de um corpo, com determinadas características psicológicas, pertencente a uma família, a um grupo social, situado num tempo e espaço que não escolheu) e à transcendência (o fato de o sujeito não estar no mundo apenas como as coisas estão, por isso seria capaz de superar tais determinações, não para negá-las, mas para lhes dar sentido).
(D) O filósofo francês Maurice Merleau-Ponty (1908-1961) relaciona a liberdade à compreensão do corpo. Para ele, esta seria a condição de nossa experiência no mundo, no sentido de que o corpo não seria um mero objeto no mundo, mas aquilo pelo qual o mundo existe para mim (“sou um corpo e não tenho um corpo”).
(E) Como um dos mais importantes representantes desta corrente, o filósofo JeanPaul Sartre (1905-1980) destaca uma questão fundamental do existencialismo, expressa na famosa frase “A existência precede a essência”. Em oposição às correntes tradicionais que defendem uma essência humana, uma natureza humana universal, para Sartre o homem, além de não ter uma natureza, é aquilo que se concebe e faz de si mesmo após existir, porque, diferentemente dos animais, é o único capaz de se colocar fora-de-si e se autoexaminar.
fonte: https://institutoine.com.br/arquivos/_5eb49a800924e.pdf
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