As características da administração pública patrimonialista ...
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Alternativa correta: B - nepotismo, clientelismo e não separação entre público e privado.
Vamos entender por que essa é a resposta correta e como se relaciona com o tema da Administração Pública Patrimonialista.
A Administração Pública Patrimonialista é um modelo que se caracteriza por uma ausência de distinção clara entre o que é público e o que é privado. Nesse contexto, os recursos do Estado são tratados como extensão do patrimônio do governante e de sua família.
Esse modelo é marcado por práticas como o nepotismo e o clientelismo:
- Nepotismo: Favorecimento de parentes na distribuição de cargos e benefícios públicos.
- Clientelismo: Troca de favores e benefícios entre os governantes e determinados grupos ou indivíduos, visando a manutenção do poder.
Além disso, a não separação entre o público e o privado implica que não há uma clara distinção entre os bens e interesses do governante e os bens e interesses da administração pública. Isso leva a uma gestão onde os interesses pessoais do governante se sobrepõem aos interesses coletivos.
Vamos agora destacar por que as outras alternativas estão incorretas:
- A: Gestão por resultados, poder racional-legal e tecnicismo são características associadas à Administração Pública Gerencial.
- C: Embora mencione a não separação entre público e privado, o tecnicismo não é uma característica do modelo patrimonialista, mas sim do modelo burocrático.
- D: Poder racional-legal, hierarquia funcional e formalismo são características típicas da Administração Pública Burocrática.
- E: Paternalismo e patrimonialismo são corretos, mas formalismo é uma característica do modelo burocrático.
Para resolver questões sobre modelos teóricos de administração pública, é essencial compreender as diferenças entre os principais modelos: Patrimonialista, Burocrático e Gerencial. Cada um tem características distintas que refletem a evolução e as mudanças na gestão pública ao longo do tempo.
Se precisar de mais alguma explicação ou tiver dúvidas sobre outros modelos, estou aqui para ajudar!
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A partir da década de 70 a administração pública vem passando por transformações, um processo conhecido como “nova gestão pública”. A administração pública evoluiu de 3 modelos básicos: patrimonialista,burocrática e gerencial, que se sucedem no tempo, sem que nenhum deles seja inteiramente abandonado.
1- Administração pública patrimonialista
Momento histórico: antes do advento do capitalismo e da democracia. Havia um entendimento entre os governantes (monarcas) de que o patrimônio público se confundia com o seu próprio patrimônio privado. O aparelho do Estado funcionava como uma extensão do poder do soberano e seus auxiliares, servidores, possuíam o status de nobreza real. Os cargos estavam sujeitos à discricionariedade dos governantes. A corrupção e o nepotismo eram frequentes. O foco se encontrava no atendimento das necessidades particulares do soberano e seus auxiliares, em detrimento do interesse coletivo. Durou até o final do século 19, tornando-se inaceitável a partir de então.
A Administração patrimonialista: O patrimônio do Estado confunde-se com o patrimônio do soberano. Marcada pelo nepotismo, clientelismo e não separação entre público e privado.
Administração burocrática surge contra o que acontecia no modelo anterior. São princípios a impessoalidade, o formalismo, a hierarquia funcional, a idéia de carreira pública e a profissionalização do servidor. Idéia de poder racional-legal.
Administração gerencial: prioriza-se a eficiência e a qualidade da Administração. Busca-se desenvolver uma cultura gerencial nas organizações com ênfase nos resultados. O cidadão passa a ser visto como peça essencial para o correto desempenho da atividade pública, por ser considerado seu principal beneficiário, o cliente dos serviços prestados pelo Estado.
Administração Pública, 2ª ed. Paludo. 3º capítulo.
Fonte. http://www.editoraferreira.com.br/publique/media/luciano_toq27.pdf
Pode-se resumir as principais características da administração patrimonialista:
* confusão entre a propriedade privada e a propriedade pública;
* impermeabilidade à participação social-privada;
* endeusamento do soberano;
* corrupção e nepotismo;
* caráter discricionário e arbitrário das decisões;
* ausência de carreiras administrativas;
* desorganização do Estado e da Adminsitração;
* cargos denominados prebendas ou sinecuras;
* descaso pelo cidadão e pelas demandas sociais.
Fonte: Administração Pública - Augustinho Paludo
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