Quem não tem seus apegos, certo? Eles até podem não
ser lá muito saudáveis, mas são inevitáveis. Assim, sugiro
fazermos as melhores escolhas possíveis ao nos apegarmos
a quem ou ao que seja.
Sou apegada a certos livros, certas mágoas, certos prazeres, certas bebidas: café, sempre. A certas pessoas, certos
sonhos. Adoro como estes vão se encaixando na realidade,
trazendo outras nuances, algumas que nem eu imaginei para
eles. Há certa ironia em como os sonhos nos mostram que
sua realização vive na realidade. No caso das pessoas, há
sempre o risco de a saudade tomar conta. Para ser apegada
às pessoas, sem que isso faça mais mal do que bem, repito a mim mesma que aquela pessoa não me pertence, que
ela não nasceu para atender aos meus desejos ou necessidades. Então, compreendendo que posso esperar do outro
somente o que ele quer e pode me oferecer, acabo aproveitando o melhor desse apego.