Analise a sentença abaixo: “[...] ainda que ler em papel con...
Texto 02 (Questões de 15 a 23)
Livros, livros, livros
A velha estante que eu tinha na sala foi embora, substituída por uma outra, mais simples, mas que abriga o dobro de livros da antecessora. O processo da troca me faz pensar muito na nossa relação com os livros. Pois ainda que ler em papel continue sendo uma experiência muito mais completa do que ler em formato digital, e presentear e receber livros continue sendo uma felicidade, guardá-los em casa não é mais tão necessário quanto era antes dos tempos da nuvem.
Guardamos livros por vários motivos: ou porque têm dedicatórias, ou porque gostamos particularmente deles, ou porque nos lembram momentos específicos das nossas vidas. Alguns, todavia, guardamos apenas para garantir o acesso ao seu conteúdo caso tenhamos necessidade disso no futuro; mas, podendo encontrá-los tão rapidamente on-line, fica cada vez mais fácil passá-los adiante.
Nossa relação com os livros está mudando muito rápido, sob todos os aspectos. Quando os primeiros CD-ROMs (lembram deles?) com enciclopédias foram lançados, não botei muita fé na sua universalização. Entendi imediatamente o seu potencial e o que representavam em termos de difusão cultural, mas continuei apegada à minha Britannica e aos dicionários de papel, que me permitiam encontrar, ao acaso, muitas palavras e verbetes interessantes.
Livros de referência e o formato digital foram, sem dúvida, feitos uns para os outros, mas o mesmo não se pode dizer de todos os livros, indistintamente. Quando os primeiros leitores de e-books chegaram ao mercado, muitas matérias foram escritas decretando o fim dos livros em papel. A substituição da velha tecnologia pela nova seria apenas uma questão de tempo, pensava-se, então. Mas o tempo, ele mesmo, tem provado que nada é tão simples: no ano passado, as vendas de livros impressos cresceram mais do que as vendas de e-books.
Na verdade, nota-se menos uma guerra entre os dois formatos do que um convívio bastante pacífico. Quem gosta de ler compra impressos e e-books indistintamente. Muitas vezes, o mesmo título acaba sendo comprado duas vezes pelo mesmo leitor, em papel para ficar em casa, em formato eletrônico para poder ser levado pata cá e para lá. Cheguei à conclusão de que continuo gostando mais dos meus livrinhos em papel, mas também adoro o meu Kindle, cada vez mais bem recheado.
(RÓNAI, Cora. “Livros, livros, livros". In: Jornal O Globo. Terça-feira 8.9.2015, p. 11. Texto adaptado)
Analise a sentença abaixo:
“[...] ainda que ler em papel continue sendo uma experiência muito mais completa [...]" (1º§)
Assinale a opção em que a locução conjuntiva destacada foi substituída e teve alteração de sentido.
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A questão proposta exige do aluno um conhecimento aprofundado de conjunções subordinativas, mais especificamente das conjunções concessivas e causais. A habilidade em reconhecer a função dessas conjunções em mudar o sentido de uma sentença é crucial para resolver a questão corretamente.
Vamos analisar cada alternativa:
Alternativa C - Correta:
A locução conjuntiva "Porquanto" tem um valor causal, indicando causa ou motivo. Quando substituímos "ainda que", que é concessiva, por "porquanto", alteramos o sentido original da frase. A frase, que originalmente expressa uma concessão (algo inesperado em relação ao que foi dito antes), passa a expressar uma causa, o que muda completamente o sentido da oração.
Alternativa A:
"Posto que" é uma conjunção concessiva, assim como "ainda que". Portanto, sua substituição mantém o sentido original da sentença, que é de concessão.
Alternativa B:
"Embora" também é uma conjunção concessiva. Assim, ela mantém o mesmo sentido da locução "ainda que", não alterando o significado original da frase.
Alternativa D:
"Mesmo que" é outra conjunção concessiva. Substituir "ainda que" por "mesmo que" não altera o sentido original da sentença, pois ambas expressam concessão.
Alternativa E:
"Conquanto" também é concessiva, como "ainda que". Portanto, essa substituição não altera o sentido original da sentença, que continua expressando concessão.
Em resumo, a única alternativa que altera o sentido original da sentença é a Alternativa C, pois troca uma conjunção concessiva por uma causal.
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Comentários
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Estranha a resposta, porque a conjunção "ainda que" é concessiva e a conjunção "porquanto" é explicativa...Gab C
TEVE ALTERAÇÃO: ALTERNATIVA C
Ja á conjunção porquanto é usada para introduzir uma justificativa, ou seja, uma explicação para algo que foi dito anteriormente. Ela é sinônima de porque, uma vez que, visto que, já que. Alguns exemplos de frases com porquanto são: · O projeto foi aprovado, porquanto atendia aos requisitos estabelecidos.
Conjunções Concessivas
São as conjunções que indicam uma oração em que se admite um fato contrário à ação principal, mas incapaz de impedi-la: Embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, bem que, se bem que , apesar de que, nem que
Porquanto é igual a *porque*.
Logo, há alteração de sentido.
#Pertencerei PRF-RJ
motinhaa.
LETRA C
Gente, tá certo é letra C mesmo. Ele quer a conjunção que mude o sentido. Ao ler o trecho destacado, percebemos uma ideia de concessão, então é pra descartar todas as conjuções que expressem "oposição a algo presentado anteriormente". É para assinalar o que não for concessão.
Assinale a opção em que a locução conjuntiva destacada foi substituída e teve alteração de sentido.
A) Posto que ler em papel continue sendo uma experiência muito mais completa.
Ideia de concessão
ERRADA
B) Embora ler em papel continue sendo uma experiência muito mais completa.
Ideia de concessão
ERRADA
C) Porquanto ler em papel continue sendo uma experiência muito mais completa.
PORQUanto = PORQUe, passa ideia de explicação.
CORRETA
D) Mesmo que ler em papel continue sendo uma experiência muito mais completa.
Ideia de concessão
ERRADA
E) Conquanto ler em papel continue sendo uma experiência muito mais completa.
Ideia de concessão
ERRADA
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