Nas últimas décadas, a maioria dos Bancos Centrais abandono...
Nas últimas décadas, a maioria dos Bancos Centrais
abandonou a execução da política monetária de forma
discricionária e passou a manejá-la através de regras estritas de fixação da taxa de juros nominal básica de curto
prazo (denominada policy rate). A equação seguinte expressa a regra de Taylor, a mais conhecida regra de política monetária, utilizada por diversos Bancos Centrais que
perseguem metas de inflação, explícitas ou implícitas, na
atualidade:
em que
i é a taxa de juros nominal básica de curto prazo, fixada pelo Banco Central;
r* é a taxa de juros real neutra;
π é a taxa de inflação efetivamente observada;
π* é a meta de inflação;
Y é o PIB real efetivo;
Y* é o PIB real potencial (de pleno-emprego);
α e β são os pesos concedidos pela autoridade monetária aos objetivos de alcançar a meta de inflação e de atingir o pleno-emprego, respectivamente;
e os subscritos t são o período de tempo (anual).
Considere um Banco Central que maneje a política monetária, de acordo, estritamente, com a regra de Taylor, conferindo pesos iguais aos objetivos de manter a estabilidade de preços e de atingir o pleno-emprego, ou seja, α e β = 0,5. Admita, adicionalmente, que, ao decidir fixar a taxa de juros nominal básica de curto prazo i, o Conselho de Política Monetária (Copom) desse Banco Central baseie-se nos seguintes indicadores:
r* = 4%
πt = 6% a.a.
π* = 3% a.a.
Na hipótese de que o hiato do produto seja igual a zero e
o Banco Central se oriente pela regra de Taylor, o Copom
deverá fixar a taxa nominal básica de juros de curto prazo
i, de tal sorte que essa mesma taxa, em termos reais (isto
é, a taxa de juros real básica de curto prazo, ex post), seja