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A hipótese da instabilidade financeira, formulada por Hyman Minsky, é uma teoria que descreve como as economias podem ser propensas a experimentar crises financeiras devido à natureza intrínseca do sistema financeiro e ao comportamento dos agentes econômicos. Minsky argumentou que a estabilidade financeira não é a norma e que períodos de estabilidade podem levar a comportamentos cada vez mais arriscados, aumentando a probabilidade de crises no futuro. Aqui estão os principais aspectos da hipótese de Minsky:
Ciclo Financeiro: Minsky identificou um ciclo financeiro que pode levar a economia de um estado de estabilidade financeira para um estado de crise. Esse ciclo é composto por três fases: prosperidade, euforia e pânico.
Fases do Ciclo Financeiro:
- Prosperidade: Durante esse período, a economia está se saindo bem, os investidores estão otimistas e há um crescimento constante do crédito.
- Euforia: À medida que a prosperidade continua, a confiança dos investidores aumenta e o apetite por risco aumenta. Isso leva a um aumento do endividamento e da especulação.
- Pânico: Eventualmente, ocorre um evento que abala a confiança dos investidores, como uma quebra financeira, falência bancária ou crise econômica. Isso leva a uma venda em massa de ativos, pânico no mercado e uma crise financeira.
Acumulação de Dívida: Um elemento-chave da teoria de Minsky é a ideia de que a estabilidade financeira leva à complacência e à acumulação de dívidas. À medida que a economia prospera, os investidores e as instituições financeiras tendem a assumir mais riscos e a acumular mais dívidas, o que aumenta a fragilidade financeira.
Mudança de Percepção de Risco: Durante os períodos de estabilidade financeira, os investidores tendem a subestimar o risco e a acreditar que as boas condições persistirão indefinidamente. No entanto, quando ocorre uma mudança de percepção de risco, os investidores podem se tornar repentinamente mais avessos ao risco, desencadeando uma crise.
Da sua amiga HPEzista:
- as crises financeiras são entendidas como fases transitórias do ciclo econômico, observado nas economias capitalistas, cuja tendência é a estabilidade no longo prazo. - Visão tradicional neoclássica
- as raízes das crises financeiras estão associadas à emergência e à difusão de novas tecnologias de caráter disruptivo, que acarretam a obsolescência de tecnologias e empresas varridas pelo processo schumpeteriano de “destruição criativa”. - Schumpeter
- as economias capitalistas são intrinsecamente estáveis e capazes de sustentar posições de equilíbrio, visto que a causa principal da instabilidade, que transforma crises financeiras em recessões ou mesmo depressões, está associada à ausência de mecanismos de regulação do sistema bancário. - Hayek
- as economias capitalistas são intrinsecamente instáveis, estando tal instabilidade associada ao fato de que, devido à incerteza quanto à obtenção de fluxos de caixa futuros requeridos para o pagamento das dívidas contraídas junto ao sistema financeiro, as grandes corporações tendem a especular com ativos no mercado de capitais, levando à assunção de dívidas e formação de bolhas de preços nesses mercados. - Minsky
- um sistema financeiro diversificado e sofisticado que conte com mecanismos apropriados de regulação e de realocação da poupança para o sistema produtivo (consumidores e empresas) é capaz de eliminar as causas da instabilidade, inerentes às economias capitalistas. - Keynes
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