O belo existe em toda parte ao redor de nós. Ele intervém, d...
O belo existe em toda parte ao redor de nós. Ele intervém, diz Hegel, “em todas as circunstâncias de vida” como neste “gênio amigo que encontramos em toda parte”. E – isto não deve nos espantar – o único belo que interessa é o belo artístico, o das produções humanas, com a exclusão do belo natural. Por quê? Simplesmente porque o belo artístico é sempre superior ao belo da natureza. É uma produção do espírito e “sendo (o espírito) superior à natureza, sua superioridade comunica-se igualmente a seus produtos e, por conseguinte, à arte”.
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JIMENEZ, Marc. O belo: um “gênio amigável”. In: O que é estética? [Trad.
Fulvia M. L. Moretto]. Col. Focus, vol. 3. São Leopoldo: Editora Unisinos,
[s/d] pp. 167-169, com adaptações.
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No texto apresentado, Marc Jimenez cita o filósofo Hegel, por meio do qual a figura do “gênio amigo” permite definir, de forma adequada, um dos maiores preceitos estéticos que norteiam as produções artísticas do fim do século 18. A que preceito específico o autor se refere?
Gabarito comentado
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Alternativa Correta: C - O belo ideal.
O tema central da questão se refere ao conceito estético do "belo ideal" na filosofia de Hegel, mencionado por Marc Jimenez, que é um aspecto importante nas produções artísticas do fim do século 18. A questão destaca a superioridade do belo artístico sobre o belo natural, conforme discutido por Hegel, por ser uma produção do espírito humano.
Para compreender essa ideia, é necessário ter conhecimento sobre a estética hegeliana. Hegel argumentava que a arte é uma forma de manifestação do espírito humano, expressando ideias e sentimentos de uma maneira que a natureza, por si só, não consegue. O "belo ideal" representa uma harmonia entre forma e conteúdo, onde a beleza está na capacidade da arte em refletir a verdade e a espiritualidade.
Justificativa para a alternativa correta:
A alternativa C, "O belo ideal", é a resposta correta porque Hegel valorizava a arte como uma expressão superior da beleza, devido à sua capacidade de refletir o espírito humano e as ideias universais. Ele acreditava que, através da arte, é possível transcender a beleza meramente natural e alcançar uma beleza que está carregada de significado e simbolismo.
Análise das alternativas incorretas:
- A - O sublime: O sublime refere-se a experiências estéticas que vão além do belo, evocando sensações de admiração e grandiosidade. Não se encaixa na visão de Hegel sobre o "belo ideal", que é mais sobre a beleza racionalizada e não apenas experiências emotivas.
- B - A verossimilhança: Verossimilhança diz respeito à aparência de verdade ou realidade na arte. Este conceito não está relacionado ao "belo ideal", que busca a expressão de ideias universais, e não apenas uma imitação convincente da realidade.
- D - A sinceridade: Sinceridade na arte pode estar relacionada à autenticidade ou honestidade na expressão artística, mas não tem conexão direta com o conceito de "belo ideal" em Hegel.
- E - A fidelidade: Fidelidade geralmente se refere à precisão ou exatidão na representação, o que não é o foco do "belo ideal", que busca expressar algo além da representação fiel da realidade.
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