A mensuração dos impactos decorrentes dos Acordos de Livre-...

Pô, nenhum professor para comentar as questões das provas do IPEA.

Em 1979, Krugman (ganhador do Nobel de Economia) publicou um artigo em que descrevia um modelo para explicar novos padrões comerciais. Ele mostrou que o tamanho do mercado poderia ser um fator determinante para dar vantagens a um país em relação ao outro em suas relações comerciais. Essa abordagem é baseada na premissa de que a produção em massa diminui o custo de mercadorias e serviços (conceito conhecido como economia de escala) e na demanda dos consumidores por uma oferta diversificada de produtos.

Não sou especialista, mas procurei entender a questão, e a conclusão que cheguei é, vamos lá...

O principal questionamento se dá no último parágrafo, e se atentando ao modelo téorico de Krugman, que argumenta que as economias de escala podem levar à concentração de produção em um número limitado de países, resultando em comércio intra-industrial, já encontramos uma palavra-chave aqui, podemos eliminar as alternativas A, B e E, aonde sequer citam intra-industrial... dando sequência, o que torna a alternativa C errada, é principalmente por tratar da "diferenciação de produtos", sendo que no enunciado cita "intercâmbio recíproco de produtos primários...", tratando portando de produtos agropecuários.

Acredito que seja isso, corrijam-me se eu estiver errado.

Bons estudos!!

O modelo teórico de Krugman, também conhecido como "Novo Comércio Internacional" ou "Modelo de Competição Monopolística", é uma abordagem que expande a teoria clássica do comércio internacional para explicar padrões de comércio entre países com diferenciação de produtos e economias de escala. O modelo parte do pressuposto de que as empresas produzem bens diferenciados e enfrentam concorrência monopolística. Isso significa que cada empresa produz uma variedade única de produto que é percebida como diferente pelos consumidores, mesmo que substituam outros produtos no mercado. Como resultado, cada empresa tem algum grau de poder de mercado sobre seu produto devido à diferenciação. Uma das principais contribuições do modelo de Krugman é a explicação dos padrões de comércio intraindustrial, nos quais os países trocam bens similares ou relacionados entre si. Isso ocorre devido à diferenciação de produtos e preferências dos consumidores. Cada país produz uma variedade de produtos dentro da mesma indústria, e o comércio ocorre com base na busca por variedade e na capacidade de oferta de produtos diferenciados. Vantagens de Primeira Mão e Segunda Mão: No modelo de Krugman, os países podem ter vantagens de primeira mão (baseadas em recursos naturais, tecnologia, mão de obra, etc.) e vantagens de segunda mão (baseadas na presença de indústrias já estabelecidas que geram economias de escala e aprendizado). As vantagens de segunda mão são dinâmicas e podem mudar ao longo do tempo à medida que as empresas acumulam experiência e conhecimento em uma determinada indústria. O modelo de Krugman mostra que o comércio internacional pode aumentar o bem-estar econômico dos países, mesmo quando há troca de produtos similares. Isso ocorre porque o comércio permite que os consumidores tenham acesso a uma variedade maior de produtos, aumentando a escolha e potencialmente reduzindo os preços devido à concorrência.

(continua no próximo comentário)

O Brasil, sendo abundante em recursos naturais e com um setor primário intensivo em recursos naturais, provavelmente se tornaria um exportador líquido de produtos agropecuários. Isso significa que o Brasil exportaria mais produtos agropecuários do que importaria. Como o setor manufatureiro é intensivo em capital e opera com elevadas economias de escala, os produtos manufaturados da União Europeia, que é abundante em capital, seriam mais competitivos e atrativos para o mercado brasileiro. Portanto, o Brasil provavelmente se tornaria um importador líquido de bens manufaturados, importando mais bens manufaturados da União Europeia do que exportando para ela. O comércio intraindustrial envolve a troca de bens manufaturados similares ou relacionados entre os dois blocos. Ambos os blocos possuem setores manufatureiros diferenciados e funcionam sob concorrência monopolística, o que significa que cada país produzirá variedades específicas de bens manufaturados. Assim, mesmo que o Brasil importe bens manufaturados da União Europeia, também haverá exportações brasileiras de bens manufaturados para a União Europeia, e vice-versa. Esse comércio intraindustrial ocorre devido à diferenciação de produtos, preferências dos consumidores e busca por variedade nos mercados.