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Q2382961 Economia
A Figura abaixo mostra uma caixa de Edgeworth, ilustrando as possibilidades de trocas entre 2 pessoas, W e Y, envolvendo 2 bens, arroz e feijão, cujas quantidades são representadas nos eixos horizontal e vertical da caixa. As pessoas desejam consumir os dois bens, e suas curvas de indiferença, traçadas a partir das duas origens, 0w e 0y, se tangenciam; os pontos de tangência definem a curva de contrato, representada pela linha cheia de 0w a 0y. O ponto P mostra a alocação inicial de arroz e feijão entre as duas pessoas W e Y.  

Imagem associada para resolução da questão

Após negociarem até alcançarem uma alocação de bens eficiente, no sentido de Pareto, a distribuição final de arroz e feijão, entre as pessoas W e Y, é representada por um ponto na caixa como
Alternativas

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Comentários

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Nao entendi ''M'' nenhuma.

Trata-se de questão que versa sobre alocação eficiente segundo Pareto.

A questão cobra conhecimento da caixa de Edgeworth. A princípio, devemos selecionar o ponto que tangencia a curva de contrato (ela vem dos infinitos pontos de tangência das curvas de indiferença de X e de Y). Portanto, será o nosso parâmetro.

Com essa premissa, devemos analisar F1, F2 e F3. Vejamos:

F1: para W é TOTALMENTE inferior à alocação inicial P (menos arroz e menos feijão). Para Y é perfeito, pois é superior TOTALMENTE ao ponto P (mais arroz e mais feijão). Logo, não há pareto, não há troca eficiente, apenas Y sai com vantagem.

F2: em relação à alocação inicial, W ganha em feijão e perde um pouco em arroz. Y, por sua vez, perde um pouco em feijão e ganha um pouco em arroz. Logo, veja que há uma troca eficiente, no sentido de Pareto.

F3: de forma semelhante ao que acontece em F1, porém, de forma invertida, vale dizer, W ganha em todos os aspectos (aumento de arroz e de feijão) e Y perde em todos.

O gabarito é perfeitamente descrito na letra “b”.

Espero ter ajudado!

Gabarito: LETRA B.

O ótimo de Pareto é caracterizado no ponto onde os recursos envolvidos estão alocados da forma mais eficiente possível. Assim, se alterarmos a realocação dos recursos, ainda que tentando melhorar a situação de um indivíduo, necessariamente pioraríamos as condições de um outro indivíduo.

Sob o "economês", podemos definir como um nível de produção eficiente no qual a propensão marginal a comprar se iguala a propensão marginal a vender. Assim, uma alocação será eficiente no sentido de Pareto se apresentar, alternativamente, as seguintes situações:

⇒ não ser possível que todas os envolvidos melhorem; ou 

⇒ não ser possível fazer com que uma pessoa melhore sua situação sem piorar outra; ou

⇒ todos os ganhos decorrentes das trocas se esgotaram; ou

⇒ não há trocas a serem realizadas que sejam mutuamente vantajosas.

  

Importante: ser eficiente no sentido de Pareto não significa, necessariamente, ser igualitário.

Visto isto, voltemos às alternativas de modo a utilizar o critério da eliminação para chegarmos à alternativa correta, ou seja, aquela cuja situação apresente um dos requisitos que vimos acima. Então, vamos lá?!

d) F4

ERRADO. O ponto F4 é um ponto situado fora da curva de contrato, curva na qual as trocas entre os agentes ocorrem. Logo, não é um ponto possível do ponto de vista de Pareto.

e) F5

ERRADO. O ponto F5 é um ponto situado fora da curva de contrato, curva na qual as trocas entre os agentes ocorrem. Logo, não é um ponto possível do ponto de vista de Pareto.

a) F1

ERRADO. O ponto F1 não é um ponto possível para y, isto devido ao fato de estar fora da sua zona de dotação. Além disto, para W, este ponto não é vantajoso, pois piora sua situação em relação à dotação inicial. Afinal, o ponto F1 se situa abaixo do ponto P e, portanto a dotação de feijão para W seria pior do que inicialmente.

c) F3

ERRADO. O ponto F3 se situa à direita de P e, portanto representa um piora, em relação à dotação inicial, para Y. Logo, não pode ser um ponto eficiente.

b) F2

CERTO. Exatamente! Perceba que o ponto F2, pela ótica de W, se situa acima da linha de P. Já pela ótica de Y, se situa à esquerda da linha de P. Portanto, é, de fato, o único ponto que gera ganhos para ambos os agentes. de modo que altera-lo para qualquer um dos outros pontos, necessariamente, implicaria em piora para, pelo menos, um dos agentes.

Marcelo, as explicações aqui, partem do pressuposto que conhecemos a caixa. Veja se assim você vai compreender: imprima a figura. Olhe ela normal e compare a partir de P, que para a pessoa W, o ponto F3 ela ganha em arroz e em feijão, o ponto F2 ela perde em arroz e ganha em feijão. Agora, vire a folha de cabeça para baixo. Para a pessoa Y,, a partir de P, em F3 ela perde em arroz e feijão, mas em F2 ela ganha arroz e perde feijão. Então, o ponto em que W e Y ganham alguma coisa é F2. W ganha feijão e Y ganha arroz. Imprime a folha e olhe os eixos cartesianos om a folha normal para W e de cabeça par baixo para Y..

Para entender como resolver problemas de caixa de Edgeworth:

No ponto P, 1 tem mais arroz que feijão e 2, mais feijão do que arroz. Isso quer dizer que na alocação ótima, 1 vai perder arroz e ganhar feijão e 2 vai ganhar arroz e perder feijão.

Todos os pontos fora da curva de contrato estão fora de cogitação pois não são alocações ótimas.

No ponto F3, 1 tem mais arroz do que inicialmente, então não pode ser ele.

No ponto F1, 1 perderia MUITO arroz e ainda perderia feijão, que não seria vantajoso pra ele.

Logo, o único ponto que nos sobra é o F2, e em análise, observa-se que o 1 perdeu um pouco de arroz e ganhou um pouco de feijão e o 2 perdeu um pouco de feijão e ganhou um pouco de arroz.

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