No final de as Cidades Invisíveis, de Ítalo Calvino, Marco P...

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Q2908647 Filosofia

No final de as Cidades Invisíveis, de Ítalo Calvino, Marco Pólo e o Kublai Kan travam um diálogo sobre a cidade última, para onde todos os nossos caminhos nos levam.

Kublai — É tudo inútil, se o último porto só pode ser a cidade infernal, que está lá no fundo e que nos suga em um vórtice cada vez mais estreito. Responde Pólo — O inferno dos vivos não é algo que será; se existe, é aquele que já está aqui, o inferno no qual vivemos todos os dias, que formamos estando juntos. Existem duas maneiras de não sofrer. A primeira é fácil para a maioria das pessoas: aceitar o inferno e tornar-se parte deste até o ponto de deixar de percebê-lo. A segunda é arriscada e exige atenção e aprendizagem contínuas: tentar saber reconhecer quem e o que, no meio do inferno, não é inferno, e preservá-lo, e abrir espaço.


I. Calvino. As cidades invisíveis. São Paulo, Ed. Folha de São Paulo, 2003, p. 158 (com adaptações).


Acerca do assunto abordado no texto acima, assinale a opção correta.

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