A criança na idade pré-escolar encontra-se em um estágio de...

A alternativa correta é a E - 3, 2, 4, 1.

Vamos analisar cada uma das características do estágio pré-operacional conforme descrita por Jean Piaget:

1. Centralização: A criança pré-operacional tende a focar em um único aspecto de uma situação, ignorando outros importantes. Isso é evidenciado pela incapacidade de contemplar concomitantemente duas dimensões, como altura e comprimento, quantidade e disposição.

2. Capacidade simbólica: Nesta fase, a criança começa a usar símbolos para representar objetos e eventos. Isso é observado quando ela distingue a imagem daquilo que ela significa.

3. Animismo: É a tendência da criança de acreditar que objetos inanimados têm vida e sentimentos. Isso se reflete na crença de que todas as coisas são vivas, sem compreender os processos naturais, atribuindo-lhes causas fantásticas, muitas vezes com participação humana.

4. Egocentrismo: A criança pré-operacional vê o mundo apenas do seu próprio ponto de vista. Isso é refletido na tendência da criança de envolver tudo que lhe acontece com sentimentos e ações.

Vamos agora justificar as alternativas:

Alternativa A - 1, 2, 3, 4: Incorreta, pois coloca o egocentrismo como primeira característica, quando a descrição corresponde à centralização.

Alternativa B - 3, 2, 1, 4: Incorreta, porque inverte a ordem de centralização e egocentrismo.

Alternativa C - 2, 4, 1, 3: Incorreta, pois a capacidade simbólica está corretamente posicionada, mas as demais características estão fora de ordem.

Alternativa D - 1, 3, 4, 2: Incorreta, mistura centralização com egocentrismo no início, mas a capacidade simbólica está fora de ordem.

Alternativa E - 3, 2, 4, 1: Correta, pois segue a ordem correta das características: centralização, capacidade simbólica, animismo e egocentrismo.

É importante entender que o estágio pré-operacional, segundo Piaget, é repleto dessas características que limitam a criança a um pensamento mais lógico e estruturado, mas que são fundamentais para o desenvolvimento cognitivo subsequente.

Nessa fase, as crianças aprendem testando seus próprios reflexos e movimentos, desenvolvendo a percepção do próprio corpo e dos objetos. O entendimento do mundo se dá por experimentação e interação com o mundo à volta. 

Sabe aquela mania de levar tudo até a boca? E de jogar as coisas no chão? São formas de construir conhecimento nessa fase!

Quando começam a dominar a linguagem e os nossos símbolos de comunicação, começam também a imitar, representar, imaginar e classificar. 

Nessa fase, por exemplo, a palavra carro já pode gerar a imagem mental de um carro, mesmo que não tenha nenhum na sua frente.

A criança ainda é egocêntrica (se vê no centro de tudo e entende o mundo a partir da sua própria vivência) e não tem a capacidade de se colocar no lugar dos outros. Esse é um longo processo! 

Faz parte dessa visão egocêntrica achar que a natureza e os objetos agem de forma independente. Se tropeçou, diz que a calçada é a culpada e não ela própria. Xinga o brinquedo por ter “se” estragado, ou responde um sincero “não fui eu, foi a minha mão!”. Também pode confundir realidade e fantasia e ainda ter dificuldade de distinguir certo e errado.

Brincar de faz de conta, de comidinha, de criar histórias e desenhar fazem parte do aprendizado nessa fase.

O egocentrismo diminui e a criança passa a ter maior capacidade de se colocar no lugar do outro e entender conceitos morais de certo e errado por volta dos 7 anos.

Nessa fase, as crianças apresentam maior capacidade de pensar soluções mentais para problemas reais. As informações que receberam até aqui começam a se conectar num raciocínio mais lógico, que considera vários aspectos ao mesmo tempo. 

Conseguem estabelecer relações e agrupar objetos ou símbolos por semelhança ou diferença. Nesse processo, começa a : a letra se liga a um som, e o “plim” acontece. Outros aprendizados se constroem a partir da observação das coisas e pela tentativa e erro.

Um exemplo clássico é a compreensão de que dois copos com diâmetros diferentes – um cheio e outro até a metade – podem ter a mesma quantidade de líquido. É a noção de espaço e volume se consolidando!

As vão ficando cada vez mais complexas: se no início precisam de objetos concretos para somar ou subtrair, em pouco tempo já conseguem fazer operações com grandes números. 

Aqui, a capacidade cognitiva é muito próxima da dos adultos. O consegue fazer deduções e trabalhar com hipóteses mais elaboradas a partir do pensamento lógico e também do abstrato. 

Começa a entender teorias, doutrinas e conceitos, sendo capaz de fazer leituras críticas do mundo ao redor (e também criticar muito os pais!). Esse processo reforça a vontade de independência e autonomia, enfim, de assumir suas opiniões,  e posição no mundo!