Releia: “ – Mas não é minha cabeça que eles querem degolar a...
"Agradeço a todos os deuses por meu espírito invencível. Sou o dono de meu destino. Sou o capitão de minha alma." Essas palavras poderiam soar recheadas de arrogância. Não na boca de Nelson Mandela, o líder sulafricano que ficou preso 27 anos e dali saiu para reconciliar seu país. Não há ceticismo que resista ao filme Invictus. Se você ainda não viu a atuação impecável de Morgan Freeman como Mandela - e se algum ressentimento perturba seu sono -, entre no cinema hoje.
Há muitos motivos para ver Invictus. E o maior deles não é ser fã de rúgbi ou entender as regras desse jogo que combina força brutal e agilidade. Tampouco é o fato de a África do Sul sediar a próxima Copa do Mundo em julho. O maior motivo para ver Invictus é entender a nós mesmos, nossa força ou limitação, sós ou em equipe. Perceber com mais clareza o jogo cotidiano da liderança, em casa e no trabalho. Confrontar nossa verdade, sem subterfúgios ou rancores. O filme ajudará você a saber se seu chefe o inspira realmente. Ou se você inspira os que trabalham a seu lado.
Uma cena tocante é o chá entre Mandela e o capitão da seleção sulafricana de rúgbi, François Pienaar, o louro africâner de temperamento contido representado por Matt Damon. Ao contrário de seus camaradas, Mandela intuía que os Springboks, mesmo com bandeira e hino associados ao apartheid, poderiam ser usados para unir negros e brancos numa imensa torcida arcoíris.
- François - diz Mandela, sorrindo -, você tem um emprego muito difícil, um enorme desafio.
- Seu desafio é maior, senhor presidente.
- Mas não é minha cabeça que eles querem degolar a cada jogo, François. (...)
(disponível em: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/1,,EMI12280415230,00.html, acesso: 02/03/2010)
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A alternativa correta é a D - Separar o vocativo.
Vamos entender melhor o porquê dessa resposta e analisar as demais alternativas.
Para resolver essa questão, é necessário ter um bom conhecimento sobre o uso da pontuação na língua portuguesa, especialmente sobre a função das vírgulas. No caso do trecho “– Mas não é minha cabeça que eles querem degolar a cada jogo, François.”, a vírgula é usada para separar o vocativo "François".
O vocativo é uma palavra ou expressão que usamos para chamar ou invocar alguém, geralmente marcando um apelo ou chamamento direto ao interlocutor. No caso da frase analisada, "François" é o vocativo, pois Mandela está se dirigindo diretamente a François.
Agora vamos justificar as demais alternativas:
A - Separar o aposto: O aposto é um termo que explica ou especifica outro termo da oração, podendo ser destacado por vírgulas, parênteses ou travessões. No trecho analisado, "François" não está explicando ou especificando nenhum outro termo; ele está sendo chamado diretamente, o que caracteriza um vocativo, e não um aposto.
B - Delimitar o sujeito: A vírgula não é usada para separar o sujeito do predicado na língua portuguesa. Delimitar o sujeito é marcar claramente quem ou o que pratica a ação, o que não é o caso da frase. "François" é o vocativo, não o sujeito da frase.
C - Delimitar uma nova oração: A vírgula pode ser usada para separar orações coordenadas ou subordinadas, mas, no caso dessa frase, a vírgula está separando um vocativo e não tem a função de delimitar uma nova oração.
E - Marcar uma pausa forte: Embora vírgulas possam indicar pausas na leitura, essa não é a função principal delas. A principal função da vírgula destacada na frase é separar o vocativo, e não apenas marcar uma pausa forte.
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Comentários
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Letra: D. Separar o vocativo. No caso: " François".
Separar o vocativo - letra D
Vocativo é um termo que não possui relação sintática com outro termo da oração. Não pertence, portanto, nem ao sujeito nem ao predicado. É o termo que serve para chamar, invocar ou interpelar um ouvinte real ou hipotético. Por seu caráter, geralmente se relaciona à segunda pessoa do discurso.
separar o vocativo, no caso: François.
D) Separar o vocativo.
Explicação: A vírgula no trecho destacada (“François”) é utilizada para marcar o vocativo – que é uma palavra usada para chamar ou invocar alguém, sem fazer parte do sujeito ou do predicado. A vírgula destaca o vocativo e o separa do restante da frase, indicando que o interlocutor é especificamente François.
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