Durante uma consulta, homem de 73 anos, hipertenso, diabétic...
Durante uma consulta, homem de 73 anos, hipertenso, diabético, obeso e sedentário relata que sente-se muito sozinho. Ele é solteiro, sem filhos e está aposentado. Na última consulta, apresentou PA = 150 x 90mmHg, G = 197mg/dL e HgA1c = 8,4%. Refere uso regular de medicações, mas comenta que toma muitos remédios. Entre as possibilidades de intervenção no cuidado, o que está relacionado a uma melhor resposta terapêutica é:
Gabarito comentado
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Para resolver essa questão, precisamos focar na melhor abordagem terapêutica possível para um paciente com múltiplas condições crônicas, levando em consideração seu contexto social e emocional. O paciente é hipertenso, diabético, obeso, e sente-se sozinho, o que pode impactar sua adesão ao tratamento e qualidade de vida.
A alternativa correta é a Alternativa C: "abordar o paciente de forma aberta, facilitadora e sem julgamento para avaliar a não adesão".
Justificativa:
Essa abordagem é essencial, pois permite que o profissional de saúde compreenda melhor as barreiras que o paciente enfrenta em relação à adesão ao tratamento. Uma conversa aberta e sem julgamento pode revelar preocupações ou dificuldades que o paciente tem com a medicação ou com seu estilo de vida, proporcionando um plano de tratamento mais personalizado e eficaz.
Por que as outras alternativas estão incorretas?
Alternativa A: "agendar consultas de curta duração e com periodicidade programada semestralmente".
Embora o agendamento regular de consultas seja importante, consultas de curta duração e semestrais podem não ser suficientes para abordar as complexas necessidades de saúde e sociais deste paciente. Ele pode se beneficiar mais de consultas mais frequentes e demoradas, que permitam uma avaliação mais completa de suas condições.
Alternativa B: "adotar o modelo educativo padronizado para hipertensos e diabéticos para melhor controle".
Embora a educação em saúde seja importante, um modelo padronizado pode não levar em conta as necessidades específicas e contextos individuais do paciente. Personalizar a educação de acordo com as circunstâncias de vida do paciente pode ser mais eficaz.
Alternativa D: "adicionar novas drogas e fracionar em várias doses para melhor controle da hipertensão e diabetes".
Aumentar a complexidade do regime medicamentoso sem antes entender as barreiras à adesão pode levar a uma piora na adesão. É crucial primeiro entender por que o paciente pode estar tendo dificuldades com o regime atual antes de prescrever mais medicamentos.
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