Kunz (2001) critica o ensino do esporte no contexto escolar...

Olá, aluno! Vamos entender melhor a questão abordada e as razões por trás da alternativa correta.

A alternativa correta é a A - “transcendência de limites criando” novas formas de correr, através da problematização de situações.

O tema da questão está relacionado à abordagem crítico-emancipatória do ensino do esporte na escola, proposta por Kunz (2001). Essa abordagem visa transformar a prática esportiva educativa, afastando-se do modelo de alto rendimento e focando no desenvolvimento integral do aluno por meio da experimentação e criatividade.

A questão propõe uma sequência didático-pedagógica onde o aluno inicialmente vivencia atividades propostas pelo professor, depois experimenta essas atividades de maneira livre e, em seguida, as realiza de forma bem-sucedida. A última etapa envolve a criação e problematização de novas formas de realizar essas atividades, o que Kunz chama de “transcendência de limites criando”.

Agora, vamos analisar as alternativas incorretas:

B - “transcendência física” não é a alternativa correta, pois o foco desta abordagem não está relacionado apenas à melhoria das capacidades físicas aeróbica e anaeróbica, mas sim ao desenvolvimento integral do aluno.

C - “transcendência motora” também não está correta, uma vez que a transcendência nesta abordagem não se limita à aprendizagem motora, mas inclui aspectos mais amplos como criatividade e problematização.

D - “transcendência cognitiva” menciona a criatividade e reflexão, o que é importante, mas não representa a última fase da sequência proposta por Kunz, que é mais abrangente e envolve a criação de novas formas de realizar as atividades.

E - “transcendência psicológica” foca no sucesso do aluno, mas, novamente, essa não é a última etapa da sequência. A abordagem crítico-emancipatória de Kunz vai além, promovendo a criação e problematização de novas situações.

Em resumo, a alternativa correta é a A, pois ela reflete a última etapa da sequência didático-pedagógica de Kunz, onde o aluno transcende seus limites ao criar novas formas de realizar as atividades, estimulando a criatividade e a problematização.

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Elenor Kunz (2001) critica o ensino do esporte no contexto escolar, quando se adota o modelo do alto rendimento. Para ele, deve-se ir além do simples desenvolvimento de habilidades e técnicas do esporte e incluir “conteúdos de caráter teórico-prático, que, além de tornar o fenômeno esportivo transparente, permite aos alunos melhor organizar a sua realidade de esporte, movimentos e jogos de acordo com as suas possibilidades e necessidades”. Por isso, Kunz propõe a transformação didático-pedagógica do esporte que está estruturada na abordagem

O ALUNO PASSA PELA TRANSCEDÊNCIA DE LIMITES: PELA EXPERIMENTAÇÃO, TRANSCEDÊNCIA DE LIMITES PELO APRENDER E TRANCEDÊNCIA DE LIMITES CRIANDO, NOVAS FORMAS E POSSIBILIDADE DO APRENDER.

 A emancipação dos alunos na perspectiva crítico emancipatória deve ser trabalhada no inicio de sua fase escolar, para que os mesmos possam vir a se tornar seres humanos mais plenos, críticos e autônomos de suas ações, com mais autonomia. A pedagogia crítico emancipatória deve estar vinculada a uma didática comunicativa. “Maioridade ou emancipação devem ser colocadas como tarefa fundamental da educação”. (Kunz, 2001, p.32).

   Para se alcançar este nível de emancipação crítica dos alunos é preciso o desenvolvimento de algumas categorias. Segundo Kunz (2001) são: trabalho, interação e linguagem.

• Trabalho = Competência objetiva: O aluno precisa receber conhecimentos e informações, para entender de forma mais ampliada o esporte.
• Interação = Competência social: Os alunos precisam entender a sua relação com contexto numa perspectiva mais abrangente, para que possam entender os diferentes papéis que os indivíduos assumem na sociedade.
• Linguagem = Competência comunicativa: Significa ensinar o aluno a ler, interpretar e criticar, falar se expressar a relacionar o fenômeno sociocultural do esporte.

   Mas para que estas competências sejam forjadas nos alunos é fundamental que o professor tenha discernimento de seu papel, metodologias, estratégias explicitas e paciência para se conseguir a dita emancipação. Para o desenvolvimento destas competências Kunz destaca três elementos que são essenciais que são as linhas de ação: as transcendências de limites.

• Forma direta de transcender limites - a participação do aluno de forma bem sucedida deve ocorrer pela própria experiência manipulativa.
• Forma aprendida de transcendência de limites - o aprendizado do aluno deve ser exposto por ele de forma clara, seja manifestado através da linguagem verbal ou pela linguagem dos movimentos;
• Forma criativa ou inventiva de transcendência de limites - o aluno deve aprender a importância do questionar sobre suas descobertas, entendendo assim o significado cultural. (Kunz, 2001)

Gabarito A