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Q2464910 Medicina
 Uma paciente de 54 anos, comparece a Unidade de Saúde referindo sangramento vaginal em moderada quantidade há 2 dias. Relata que não menstrua há 7 anos e não realiza nenhum tipo de reposição hormonal. Ao exame físico, não há nenhuma lesão visível em vagina ou colo uterino. Qual a conduta apropriada?
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Alternativa Correta: D - Solicitar ultrassonografia transvaginal.

Vamos entender os motivos que levam essa alternativa a ser a correta e analisar por que as outras opções não são adequadas.

O quadro descrito na questão sugere uma paciente pós-menopáusica com sangramento vaginal, o que é uma situação que exige atenção e investigação detalhada. Sangramento vaginal após a menopausa pode ser um sinal de várias condições, algumas benignas e outras potencialmente malignas, como a hiperplasia endometrial e o câncer de endométrio.

Justificativa da Alternativa Correta (D):

A ultrassonografia transvaginal é um exame de imagem não invasivo que permite a avaliação detalhada do endométrio (camada interna do útero). Este exame é indicado como primeira linha de investigação em mulheres pós-menopáusicas com sangramento vaginal. Ele ajuda a medir a espessura do endométrio e identificar possíveis anormalidades, como pólipos, miomas ou sinais de hiperplasia endometrial, que podem ser indicativos de malignidade.

Análise das Alternativas Incorretas:

A - Tranquilizar a paciente e acompanhar.

Essa conduta é inadequada, pois o sangramento vaginal em mulheres pós-menopáusicas precisa ser investigado. Tranquilizar a paciente sem realizar exames pode retardar o diagnóstico de condições graves, como o câncer de endométrio.

B - Solicitar histeroscopia para avaliação endometrial.

A histeroscopia é um método invasivo que permite a visualização direta do interior do útero e a realização de biópsias. Embora seja útil, ela geralmente não é o exame inicial de escolha. A ultrassonografia transvaginal deve ser feita primeiro para avaliar a necessidade de uma histeroscopia.

C - Iniciar terapia de reposição hormonal imediatamente, uma vez que a principal causa de sangramento é atrofia.

A atrofia endometrial é uma causa comum de sangramento pós-menopáusico, mas não deve ser presumida sem investigação. A reposição hormonal poderia agravar condições existentes, como a hiperplasia ou o câncer de endométrio. Investigar primeiro é essencial.

E - Iniciar ácido tranexâmico para controle do sangramento.

O ácido tranexâmico é usado para controlar sangramentos, mas não aborda a causa subjacente. Sem uma investigação adequada para determinar a causa do sangramento, essa abordagem pode ser inadequada e perigosa.

Portanto, a alternativa correta é D, pois a ultrassonografia transvaginal é o exame inicial adequado para investigar o sangramento vaginal em mulheres pós-menopáusicas.

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A questão apresentada trata de um sangramento vaginal ocorrido em uma paciente na pós-menopausa, ou seja, que já não menstrua há 7 anos. Esse é um sintoma que deve ser avaliado com atenção, pois pode ser um indicativo de patologias, incluindo as de natureza maligna. A reposição hormonal não é mencionada como uma causa possível para o sangramento, dado que a paciente não está fazendo uso de hormônios. Portanto, a alternativa C é inadequada. A alternativa A é precipitada, pois sangramento pós-menopausa sempre requer investigação. A alternativa E não é a melhor conduta inicial, pois antes de tentar controlar o sangramento é necessário entender a sua causa. A histeroscopia, mencionada na alternativa B, poderia ser uma etapa posterior de investigação, caso a ultrassonografia transvaginal (alternativa D) sugira anomalias endometriais. A ultrassonografia transvaginal é um exame inicial apropriado, pois é uma ferramenta de diagnóstico não invasiva e eficaz para avaliar o endométrio e outras estruturas pélvicas, podendo identificar a causa do sangramento, como pólipos, miomas ou câncer endometrial. Portanto, a alternativa D é a mais apropriada para esta paciente, seguindo uma abordagem diagnóstica sistemática e não invasiva.

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