Paciente de 55 anos vem à consulta com queixa de fogachos, ...

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Q2464922 Medicina
Paciente de 55 anos vem à consulta com queixa de fogachos, irritabilidade, insônia e ressecamento vaginal há 1 ano. Parou de menstruar aos 51 anos e nunca fez uso de hormônios. Hipertensa bem controlada em uso de losartana e hidroclorotiazida. Após avaliação clínica e realização de rotina ginecológica, a paciente expressa desejo de utilizar terapia hormonal para alívio dos sintomas.

Considerando as evidências disponíveis e a segurança, qual dos esquemas abaixo é o preferencial para esta paciente?
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A alternativa correta é a A - Estradiol 1mg transdérmico + Progesterona micronizada 100mg vaginal. Vamos entender o porquê e discutir as demais alternativas.

Essa questão aborda o manejo da terapia hormonal em uma paciente na pós-menopausa, que está apresentando sintomas típicos como fogachos, irritabilidade, insônia e ressecamento vaginal. A paciente tem 55 anos, parou de menstruar aos 51 e não fez uso prévio de hormônios. Além disso, é hipertensa, mas está bem controlada com losartana e hidroclorotiazida.

A escolha da terapia hormonal deve considerar tanto a eficácia no alívio dos sintomas quanto a segurança para a paciente. Aqui estão os pontos importantes para justificar a escolha da alternativa A:

Alternativa A: Estradiol 1mg transdérmico + Progesterona micronizada 100mg vaginal

A administração transdérmica de estradiol é preferível em pacientes hipertensas porque é menos associada ao aumento do risco de trombose venosa profunda e eventos cardiovasculares em comparação com a via oral. A progesterona micronizada, por via vaginal, é eficaz na proteção endometrial e também tem um perfil de segurança melhor, com menos efeitos colaterais.

Alternativa B: Estradiol 1mg + Acetato de norestiterona 0,5mg via oral

A via oral do estradiol pode aumentar o risco de trombose, especialmente em pacientes com hipertensão, e a norestiterona, um progestagênio sintético, pode ter efeitos colaterais mais pronunciados, como alterações no perfil lipídico e no metabolismo da glicose.

Alternativa C: Estradiol 1mg por via oral

Novamente, a via oral do estradiol é menos indicada para pacientes com hipertensão devido ao maior risco de eventos tromboembólicos e cardiovasculares.

Alternativa D: Estradiol 0,5mg + Acetato de norestiterona 0,1mg via oral

Apesar da dose menor de estradiol e norestiterona, continua sendo uma combinação menos segura para pacientes hipertensas devido aos mesmos motivos explicados nas alternativas B e C.

Alternativa E: Estradiol 1mg transdérmico

Embora a via transdérmica do estradiol seja segura, é necessário adicionar progesterona para proteger o endométrio em pacientes com útero, o que torna essa alternativa incompleta e inadequada.

Portanto, a alternativa A oferece a combinação mais segura e eficaz para esta paciente, considerando tanto o alívio dos sintomas quanto seu perfil de risco.

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Comentários

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A paciente em questão apresenta sintomas típicos da menopausa, como fogachos, irritabilidade, insônia e ressecamento vaginal, e já se encontra em amenorreia há 4 anos, sugerindo que está na pós-menopausa. A terapia hormonal é uma opção para o alívio desses sintomas. A resposta correta para essa questão é a alternativa A, "Estradiol 1mg transdérmico + Progesterona micronizada 100mg vaginal", e o raciocínio para tal escolha envolve vários aspectos. Primeiramente, a via transdérmica para administração de estradiol é preferencial em pacientes hipertensas, como a do caso, pois evita o efeito de primeira passagem hepática e, consequentemente, tem menor impacto sobre os fatores de coagulação e pressão arterial. Além disso, a adição de progesterona é essencial para a proteção do endométrio em mulheres com útero, prevenindo o risco de hiperplasia e câncer endometrial associado ao uso não-oposto de estrogênio. A forma micronizada da progesterona e o uso vaginal são opções para minimizar os efeitos no perfil lipídico e outros possíveis efeitos adversos sistêmicos. Portanto, a alternativa A representa a combinação mais segura e eficaz para esta paciente, levando em conta o perfil de risco e a necessidade de proteção endometrial, além de aliviar os sintomas vasomotores e urogenitais da menopausa.

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