Assim como a palavra ‘vigário’, também deveria ser acentuada...
TEXTO 2
Continho
Era uma vez um menino triste, magro e barrigudinho, do sertão de Pernambuco. Na soalheira danada de meio-dia, ele estava sentado na poeira do caminho imaginando bobagem, quando passou um gordo vigário a cavalo:
— Você aí, menino, para onde vai essa estrada?
— Ela não vai não: nós é que vamos nela.
— Engraçadinho duma figa! Como você se chama?
— Eu não me chamo não: os outros é que me chamam de Zé.
Paulo Mendes Campos. Continho. Em: Carlos Drummond de Andrade e
outros. Crônicas. São Paulo: Ática, 1984. p. 76 (Coleção Para Gostar de
Ler).