No texto, a entrevistadora aponta que a leitura na escola é
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Ano: 2023
Banca:
IV - UFG
Órgão:
Prefeitura de Cidade Ocidental - GO
Prova:
CS-UFG - 2023 - Prefeitura de Cidade Ocidental - GO - Professor Nivel III - Português |
Q2311905
Português
Texto associado
Leia o Texto 5 para responder à questão.
Texto 5
Juliana Salvadori: Numa visada dos estudos pedagógicos
sobre a leitura na esfera escolar, várias pesquisas – as quais
não vêm de hoje, particularmente aquelas que têm apostado
na explosão das discursividades do mundo contemporâneo,
na produção e circulação de discursos e suas diferentes
formas de textualização e formulação, na irrupção e
dispersão de outros e novos sentidos e saberes – concorrem
para problematizar que a instituição escolar ainda tende a
circunscrever, delimitar, limitar as leituras de discursos e
textos, sejam os da esfera da literatura ou de outros campos
discursivos, por exemplo, das ciências naturais, exatas ou
das humanidades, elegendo como legítimas ou verdadeiras
algumas. Frente a isso, perguntamos-lhe como tomar o
ensino de literatura e a formação de leitores, sob tais
injunções escolares /pedagógicas, para além da instituição,
do institucional, do instituído?
Nabil Araújo: Como sempre insistiu Magda Soares, nome
maior dos estudos sobre letramento no país, não há escola
sem escolarização – de discursos, conhecimentos, saberes,
os quais se veem, então, devidamente formalizados em
currículos, programas, disciplinas, metodologias: a
escolarização é inerente, em suma, à instituição escolar, é
o próprio processo, aliás, que a institui e constitui como tal.
Desde, pelo menos, A ordem do discurso (1971), de Michel
Foucault, tem-se estado cada vez mais consciente e
vigilante em relação ao modo como as instituições limitam e
regulamentam a circulação social dos discursos, o que
também se aplica, evidentemente, à escola e à
universidade. Mas não se trata aqui, bem entendido, de se
“desinstitucionalizar” a leitura literária ou o ensino de
literatura, e sim de combater a equivocada
pedagogização/didatização dessas práticas, que acaba por
distorcê-las e desvirtuá-las de seus objetivos e metas
educacionais.
SALVADORI, J. C. (2022). Entrevista com o Prof. Dr. Nabil
Araújo. Scripta, 26(56), 383-386. Disponível em: <https://doi.org/10.5752/P.2358-3428.2022v26n56p383-386>. Acesso em: 31
ago. 2023.
No texto, a entrevistadora aponta que a leitura na escola é