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Q1311635 História
Mas não há casa-grande sem senzala, e foi em torno desse duo, que parece composto de opostos porém, na verdade, abrange partes contíguas, que Gilberto Freyre publicou em 1933 seu clássico Casa-grande & senzala, evidenciando as contradições e relações que se estabeleciam entre senhores e escravos. O próprio ‘&’ do título original já revela como o antropólogo pernambucano entendia a importância da correlação entre esses dois extremos.
SCHWARCZ, Lilia M.; STARLING Heloisa M. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015, p. 491.
Segundo as autoras, Gilberto Freyre usava a expressão “equilíbrio e antagonismos de economia e cultura” para explicar que, entre a casa-grande e a senzala, a relação existente era de
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No clássico Casa-grande & senzala, publicado em 1933, Gilberto Freyre explora as complexas relações entre senhores e escravos no Brasil colonial. A obra destaca as contradições e interdependências existentes entre a casa-grande, moradia dos senhores, e a senzala, onde viviam os escravos.

Gilberto Freyre utilizava a expressão “equilíbrio e antagonismos de economia e cultura” para descrever a dinâmica entre esses dois espaços, que, apesar de opostos, conviviam de maneira intrínseca. De acordo com as autoras Lilia M. Schwarcz e Heloisa M. Starling em Brasil: uma biografia, a relação que se estabelecia era complexa e apresentava várias facetas.

A alternativa correta é a C, que afirma que entre a casa-grande e a senzala existia uma relação de paternalismo e violência, mas também de negociações e coexistência entre as partes. Esse entendimento é importante para reconhecer que, apesar da clara desigualdade e exploração, havia uma relação dinâmica, com espaços de negociação e adaptação cultural, o que contribuiu para a formação da identidade social e cultural do Brasil.

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Comentários

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Está certo isso ?

É importante aqui lembrar que a visão que é necessária se ter em mente é a de Gilberto Freyre, antropólogo muito criticado pela perspectiva expressa na obra Casa Grande & Senzala, visto que por muitas vezes ele sugere que os escravos "gostavam" de tal condição a que eram submetidos. Entendendo isso, fica mais claro o gabarito da questão e o porquê pra essa questão a letra "D" é inadequada, mesmo estando correta para o contexto de escravidão no país.

Gilberto Freyre é responsável pelo mito da "democracia racial" portanto para responder corretamente esta questão, vc precisa saber um pouco da obra dele ou tem que interpretar bem o enunciado, somente por conhecimentos genéricos que sobre a escravidão as chances de errar são enormes.

Fui de testa na D.

Alternativa correta é C

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