Marcuse dedicou boa parte de sua obra à reflexão estética. ...

A alternativa correta para a questão é a alternativa D: "Cria um mundo de fantasia que serve como uma crítica da realidade experimentada".

A questão se concentra na visão de Herbert Marcuse sobre a arte, dentro do contexto de uma sociedade capitalista e repressiva. Marcuse, um pensador da Escola de Frankfurt, é conhecido por sua análise crítica das sociedades modernas, incluindo os aspectos estéticos e culturais. Ele acredita que a arte tem um potencial revolucionário precisamente porque cria um mundo de fantasia que desafia a realidade opressiva em que as pessoas vivem.

Justificativa da Alternativa Correta:

Alternativa D: Esta alternativa está correta porque reflete a ideia central de Marcuse de que a arte constrói um universo alternativo de fantasia. Esse mundo de fantasia não é apenas uma fuga; ele serve como uma crítica e negação da realidade opressiva, mostrando que outra forma de existir é possível. Ao criar essa visão alternativa, a arte subverte as condições estabelecidas e resiste aos mecanismos de repressão.

Análise das Alternativas Incorretas:

Alternativa A: "Solapa a legitimidade da classe burguesa ao retratar sua existência como uma fantasia" - Essa alternativa não está totalmente correta. Embora a arte possa de fato criticar a classe burguesa, Marcuse enfatiza o papel da arte em criar realidades alternativas, não apenas em retratar a burguesia como ilusão.

Alternativa B: "Incorpora o princípio da realidade – gerando assim mais repressão – em vez do princípio do prazer" - Esta opção está incorreta porque contradiz a visão de Marcuse de que a arte opera através do "princípio do prazer", oferecendo uma alternativa libertadora à realidade repressiva.

Alternativa C: "Exibe os valores da classe burguesa de maneiras que legitimam sua superioridade" - Esta alternativa está errada pois sugere que a arte legitima a superioridade burguesa, o que vai contra a ideia de Marcuse de que a arte atua como uma força crítica e de resistência contra a opressão.

Marcuse vê a arte como um meio importante de resistência e transformação social. Ele acredita que, apesar das tentativas do capitalismo de absorver a arte, seu potencial de subversão permanece intacto pela sua capacidade de imaginar e apresentar mundos alternativos.

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