Mulher, 46 anos, hipertensa em tratamento irregular, ...

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Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: TCE-SE Prova: FGV - 2015 - TCE-SE - Médico |
Q515667 Medicina
Mulher, 46 anos, hipertensa em tratamento irregular, é conduzida ao hospital por familiares devido a quadro de náuseas, vômitos e desorientação, seguido de torpor. A família refere que ela se queixava de cefaleia incapacitante que não cedeu com analgésicos e anti-inflamatórios. Família nega febre ou passado de enxaqueca. Referem ainda que ela havia apresentado na última semana outro quadro de cefaléia de importante intensidade, que cedeu após o uso de múltiplos analgésicos. Ao exame, torporosa, PA = 160 X 100mm Hg, FC = 90 bpm e questionável irritação meníngea. Não havia déficit neurológico focal.

Considerando o quadro clínico apresentado, a principal hipótese diagnóstica é:
Alternativas

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A alternativa correta é a A - hemorragia subaracnóidea. Vamos entender o porquê.

Tema Central: O caso clínico apresentado foca em uma paciente hipertensa com sintomas neurológicos agudos como náuseas, vômitos, cefaleia severa e desorientação. O conhecimento principal necessário para resolver esta questão é a habilidade de identificar a causa mais provável dos sintomas e escolher o exame diagnóstico adequado.

Justificativa da Alternativa Correta (A): A hemorragia subaracnóidea é uma emergência médica caracterizada por uma cefaleia súbita e intensa, frequentemente descrita como a “pior dor de cabeça da vida”. No caso, a paciente apresenta cefaleia incapacitante, um episódio prévio de cefaleia intensa e desorientação, o que é compatível com a hemorragia subaracnóidea. A tomografia computadorizada de crânio é o exame inicial apropriado, pois é eficaz na detecção de sangue no espaço subaracnóideo. Se normal, uma punção liquórica pode ser realizada para confirmar a presença de sangue no líquor.

Análise das Alternativas Incorretas:

B - Acidente cerebrovascular hemorrágico: Embora possa causar cefaleia e alteração do estado mental, geralmente está associado a déficits neurológicos focais, os quais não estão presentes neste caso. Portanto, não é a hipótese mais provável.

C - Meningite bacteriana: Tipicamente manifesta-se com febre, rigidez de nuca e sintomas de irritação meníngea claramente evidentes. A ausência de febre e foco mais em cefaleia sugere que essa não é a hipótese correta.

D - Acidente cerebrovascular isquêmico: Normalmente não causa cefaleia intensa como sintoma principal e é frequentemente associado a déficits neurológicos focais, que não são relatados neste caso.

E - Vasculite primária do SNC: É uma condição mais rara e não se encaixa bem na apresentação clínica aguda e intensa descrita. Além disso, a investigação inicial geralmente não começa com uma angioressonância em um contexto de cefaleia súbita e intensa.

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questão sobre diagnóstico de cefaleia e hipertensão

alternativa correta: A

hemorragia subaracnóidea; tomografia computadorizada de crânio deve ser o primeiro exame complementar a ser realizado e, se normal, está indicada punção liquórica diagnóstica.

justificativa

A paciente apresenta sinais e sintomas sugestivos de hemorragia subaracnóidea (HSA), como cefaleia incapacitante que não cedeu com analgésicos, histórico de dor de cabeça intensa na última semana e quadro de torpor e desorientação. A pressão arterial elevada (PA = 160 x 100 mm Hg) também é um fator de risco para HSA. A tomografia computadorizada (TC) de crânio é o exame inicial de escolha para diagnóstico de hemorragia, uma vez que pode identificar rapidamente a presença de sangramento no cérebro. Se a TC for normal e houver forte suspeita clínica de HSA, a punção lombar é indicada para avaliar a presença de sangue no líquido cerebrospinal, confirmando o diagnóstico.

análise das demais alternativas

[B]: Acidente cerebrovascular hemorrágico não é a principal hipótese neste caso, pois os sintomas não se encaixam perfeitamente com o AVC hemorrágico, como déficit neurológico focal. A HSA é mais compatível com o quadro descrito.

[C]: Meningite bacteriana apresenta outros sinais clínicos típicos, como febre, rigidez de nuca e alterações no líquor, o que não é observado neste caso. A falta de febre e os sintomas neurológicos de cefaleia e torpor tornam essa hipótese menos provável.

[D]: Acidente cerebrovascular isquêmico pode ser considerado, mas o quadro clínico e os sinais apresentados não são típicos de um AVC isquêmico, como perda de força ou outros déficits neurológicos focais. Além disso, a tomografia inicial é mais indicada para HSA.

[E]: Vasculite primária do SNC não é a principal suspeita neste caso. Embora a hipertensão e a cefaleia possam estar relacionadas, a vasculite geralmente se apresenta com sinais mais insidiosos e sintomas diferentes dos descritos, como manifestações autoimunes ou febre.

resumo:

A principal hipótese diagnóstica é hemorragia subaracnóidea, e o primeiro exame a ser realizado é a tomografia computadorizada de crânio. Se a TC for normal, a punção lombar é indicada para confirmar o diagnóstico.

pontos chave

◊ O quadro clínico é compatível com hemorragia subaracnóidea, com cefaleia intensa, desorientação e hipertensão.

◊ A tomografia computadorizada de crânio é o primeiro exame de escolha para diagnóstico de hemorragia subaracnóidea.

◊ Caso a TC seja normal e haja forte suspeita de HSA, a punção lombar é indicada para confirmar o diagnóstico.

◊ O quadro clínico não suporta as hipóteses de AVC hemorrágico, meningite bacteriana, AVC isquêmico ou vasculite primária do SNC.

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