Considere os termos grifados nos períodos abaixo. Com a vigê...

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Q26124 Português
O acordo ortográfico que visa a unificar a escrita do
português nos países que o adotam como língua oficial tem
implicações profundas de ordem técnica e comercial, além de
provocar ansiedade em brasileiros mergulhados em dúvidas no
seu empenho diário para falar e escrever bem. Dominar a
norma culta de um idioma é plataforma mínima de sucesso para
profissionais de todas as áreas. Engenheiros, médicos, economistas,
contabilistas e administradores que falam e escrevem
certo, com lógica e riqueza vocabular, têm maior possibilidade
de chegar ao topo do que profissionais tão qualificados quanto
eles, mas sem o mesmo domínio da palavra. Por essa razão, as
mudanças ortográficas interessam e trazem dúvidas a todos.

As mudanças previstas podem ganhar contornos mais
amplos em um momento em que os idiomas nacionais sofrem
todo tipo de pressão desestabilizadora. Segundo o lingüista
David Crystal, a globalização e a revolução tecnológica da
internet estão dando origem a um novo mundo lingüístico. Entre
os fenômenos desse novo mundo estão as subversões da
ortografia presentes nos blogs e nas trocas de e-mails. David
Crystal cunhou o termo netspeak para designar as formas
inéditas de expressão escrita que a internet gerou. A inclusão
de símbolos audiovisuais, os links que permitem saltos de um
texto para outro - nada disso existia nas formas anteriores de
comunicação, que se tornou mais ágil e veloz, aproximando-se,
nesse sentido, da fala.

Até no âmbito profissional a objetividade eletrônica está
imperando. A carta comercial que iniciava com a fórmula "Vimos
por meio desta" é peça em desuso. Gêneros como a carta
circular e o requerimento caminham para a extinção; o e-mail
tem absorvido essas funções. Embora a língua sofra ataques
deformadores diários nos blogs e chats, a palavra escrita nunca
foi usada tão intensamente antes. Os mais otimistas apostam
que os bate-papos da garotada, travados com símbolos e
interjeições, podem ser a semente de uma comunicação escrita
mais complexa. Pode ser assim e seria ótimo. Por enquanto,
uma maneira de se destacar na carreira e na vida é mostrar nas
comunicações formais perfeito domínio da norma culta do
português. Vários estudos demonstram a correlação positiva
entre um bom domínio do vocabulário e o nível de renda,
mesmo que não se possa traçar uma correlação direta e linear
entre uma coisa e outra. Além de conhecer as palavras, é
preciso que se tenha alguma coisa a dizer, de forma clara e
racional.

(Jerônimo Teixeira. Veja. 12 de setembro de 2007, p. 88-91,
com adaptações)
Considere os termos grifados nos períodos abaixo.

Com a vigência do acordo recente entre países de língua portuguesa, pode haver mudanças na ortografia, embora não seja esta a única revolução por que a língua está passando. Observa-se subversões à norma culta diariamente, nos bate-papos pela internet.

O único que está INCORRETO, segundo os padrões da norma culta, é:
Alternativas

Comentários

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Observam-se subversões à norma culta...Voz passiva sintética => SUBVERSÕES à norma culta (sujeito da voz passiva)Como o verbo tem de concordar com o sujeito, a alternativa "d" está incorreta.
VTD/VTDI+SE+OD = PARTÍCULA APASSIVADORA -----------O VERBO CONCORDA O O OBJETO DIRETO Ñ VTD+SE=ÍNDICE DE INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO,LOGO O VERBO FICA NA 3ª P DO SINGULAR
Por que Pode ser usado com o sentido de “por qual razão” ou “por qual motivo”.Exemplos: Não sei por que não quis ficar até mais tarde. Por que ficar até mais tarde? Porque O termo porque é uma conjunção causal ou explicativa e o seu uso tem significado aproximado de “pois”, “já que”, “uma vez que” ou ainda indica finalidade e tem valor aproximado de “para que”, “a fim de”. Exemplos: Vou fazer mais um trabalho porque tenho que entregar amanhã. (conjunção) Não faça mal a ninguém porque não façam a você. (finalidade) Por quê O uso do por quê é equivalente ao “por que”, porém, é acentuado quando vier antes de um ponto, seja final, de interrogação ou exclamação: Exemplos: Ficar na festa até mais tarde, por quê? Não sei por quê. Porquê Quando aparece nessa forma o porquê é um substantivo e denota o sentido de “causa”, “razão”, “motivo” e vem acompanhado de artigo, adjetivo ou numeral: Exemplos: Diga-me o porquê de sua contestação. Tenho um porquê para ter contestado: meu cartão bancário foi clonado.

Gabarito letra D.

Analisando as alternativas CORRETAS...

a) vigência - proparoxítona termionada em ditongo crescente, perfeitamente acentuada.

b) pode haver - Haver é um verbo impessoal (nesse caso) e fica na 3a pessoa singular. OBS: Nesse caso quem fica na 3a pessoa singular é o verbo que o acompanha.

c) por que - tem o significado de pela qual, corretemante empregado: separado e sem acento.

 e) à - o verbo subverter exige a preposição a (subverter a). O 'a' da preposição + o 'a' do artigo que acompanha o substantivo norma culta (a norma) foram à (a+a).

Gabarito letra D.

Analisando a alternativa INCORRETA.

d) Observa-se - Observar é VTD e exige como complemento um OD. Sabemos que o sujeito da Voz Ativa (VA) é o OD da Voz Passiva (VP) - ( e vice-versa)

Assim, o "-se" está empregado como partícula apassivadora, ou seja, a frase está na Voz Passiva !

Observa-se subversões à norma culta diariamente É O MESMO QUE Subversões são observadas ...

Portanto, SUBVERSÕES é o OD da VP e desse modo será o sujeito da VA.

Regra básia de concordância: VErbo concorda com o Sujeito. SUbversões (plural) = verbo observar (plural) ...OBSERVAM - se

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