Considere os termos grifados nos períodos abaixo. Com a vigê...
português nos países que o adotam como língua oficial tem
implicações profundas de ordem técnica e comercial, além de
provocar ansiedade em brasileiros mergulhados em dúvidas no
seu empenho diário para falar e escrever bem. Dominar a
norma culta de um idioma é plataforma mínima de sucesso para
profissionais de todas as áreas. Engenheiros, médicos, economistas,
contabilistas e administradores que falam e escrevem
certo, com lógica e riqueza vocabular, têm maior possibilidade
de chegar ao topo do que profissionais tão qualificados quanto
eles, mas sem o mesmo domínio da palavra. Por essa razão, as
mudanças ortográficas interessam e trazem dúvidas a todos.
As mudanças previstas podem ganhar contornos mais
amplos em um momento em que os idiomas nacionais sofrem
todo tipo de pressão desestabilizadora. Segundo o lingüista
David Crystal, a globalização e a revolução tecnológica da
internet estão dando origem a um novo mundo lingüístico. Entre
os fenômenos desse novo mundo estão as subversões da
ortografia presentes nos blogs e nas trocas de e-mails. David
Crystal cunhou o termo netspeak para designar as formas
inéditas de expressão escrita que a internet gerou. A inclusão
de símbolos audiovisuais, os links que permitem saltos de um
texto para outro - nada disso existia nas formas anteriores de
comunicação, que se tornou mais ágil e veloz, aproximando-se,
nesse sentido, da fala.
Até no âmbito profissional a objetividade eletrônica está
imperando. A carta comercial que iniciava com a fórmula "Vimos
por meio desta" é peça em desuso. Gêneros como a carta
circular e o requerimento caminham para a extinção; o e-mail
tem absorvido essas funções. Embora a língua sofra ataques
deformadores diários nos blogs e chats, a palavra escrita nunca
foi usada tão intensamente antes. Os mais otimistas apostam
que os bate-papos da garotada, travados com símbolos e
interjeições, podem ser a semente de uma comunicação escrita
mais complexa. Pode ser assim e seria ótimo. Por enquanto,
uma maneira de se destacar na carreira e na vida é mostrar nas
comunicações formais perfeito domínio da norma culta do
português. Vários estudos demonstram a correlação positiva
entre um bom domínio do vocabulário e o nível de renda,
mesmo que não se possa traçar uma correlação direta e linear
entre uma coisa e outra. Além de conhecer as palavras, é
preciso que se tenha alguma coisa a dizer, de forma clara e
racional.
(Jerônimo Teixeira. Veja. 12 de setembro de 2007, p. 88-91,
com adaptações)
Com a vigência do acordo recente entre países de língua portuguesa, pode haver mudanças na ortografia, embora não seja esta a única revolução por que a língua está passando. Observa-se subversões à norma culta diariamente, nos bate-papos pela internet.
O único que está INCORRETO, segundo os padrões da norma culta, é:
- Gabarito Comentado (1)
- Aulas (6)
- Comentários (6)
- Estatísticas
- Cadernos
- Criar anotações
- Notificar Erro
Gabarito comentado
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Vamos analisar a questão apresentada e entender por que a alternativa correta é a letra D ("Observa-se").
1. Interpretação do tema: A questão aborda a norma culta da Língua Portuguesa e a correta utilização dos termos no contexto apresentado. O foco está na identificação de erros gramaticais entre os termos destacados na frase.
2. Norma gramatical aplicável: A alternativa D ("Observa-se") está incorreta porque apresenta um problema de concordância. A forma correta deve ser "Observa-se" como uma construção impessoal, mas o enunciado sugere uma interpretação que não se alinha com a norma culta, que requer um sujeito mais explícito para a frase.
3. Análise detalhada da alternativa correta: A alternativa D ("Observa-se") é considerada a única incorreta não por sua forma, mas pelo contexto em que foi colocado, já que o uso impessoal do verbo pode não refletir adequadamente a intenção comunicativa do autor. A frase pode dar a entender que a observação se refere a algo muito específico, o que não é claro no enunciado.
4. Justificativa das alternativas incorretas:
- A - vigência: Esta palavra está correta. "Vigência" refere-se ao período em que algo, como uma norma ou lei, está em efeito.
- B - pode haver: Esta expressão está correta. Trata-se de uma construção que indica a possibilidade de algo acontecer.
- C - por que: A utilização de "por que" é correta no contexto da frase, pois se refere à causa ou razão de algo, e deve ser escrito separado e com acento.
- E - à: O uso da preposição "à" está correto, pois é a junção da preposição "a" com o artigo "a", sendo necessária em contextos que exigem a regência de "a".
Conclusão: A alternativa D é a única que não se alinha completamente com as normas da norma culta no contexto apresentado, tornando-a a resposta correta para a questão.
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Comentários
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Gabarito letra D.
Analisando as alternativas CORRETAS...
a) vigência - proparoxítona termionada em ditongo crescente, perfeitamente acentuada.
b) pode haver - Haver é um verbo impessoal (nesse caso) e fica na 3a pessoa singular. OBS: Nesse caso quem fica na 3a pessoa singular é o verbo que o acompanha.
c) por que - tem o significado de pela qual, corretemante empregado: separado e sem acento.
e) à - o verbo subverter exige a preposição a (subverter a). O 'a' da preposição + o 'a' do artigo que acompanha o substantivo norma culta (a norma) foram à (a+a).
Gabarito letra D.
Analisando a alternativa INCORRETA.
d) Observa-se - Observar é VTD e exige como complemento um OD. Sabemos que o sujeito da Voz Ativa (VA) é o OD da Voz Passiva (VP) - ( e vice-versa)
Assim, o "-se" está empregado como partícula apassivadora, ou seja, a frase está na Voz Passiva !
Observa-se subversões à norma culta diariamente É O MESMO QUE Subversões são observadas ...
Portanto, SUBVERSÕES é o OD da VP e desse modo será o sujeito da VA.
Regra básia de concordância: VErbo concorda com o Sujeito. SUbversões (plural) = verbo observar (plural) ...OBSERVAM - se
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