Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísti...

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Q2234885 Português
        Quando se fala em palhaço, duas imagens costumam vir logo à cabeça. Palhaço, infelizmente, é aquele de quem muitos têm medo. Ele pega alguém da plateia para ridicularizar, faz grosserias, piadas inconvenientes. Crianças têm medo de palhaços. Filmes de terror exploram impiedosamente nossas fantasias infantis sobre tal figura. Esses palhaços malvados existem em nosso imaginário e, felizmente, são a minoria na realidade. Neste exato instante em que você lê estas palavras, milhares de palhaços em todo o mundo estão em hospitais, campos de batalha, campos de refugiados, escutando pessoas, relacionando-se verdadeiramente com elas, buscando, por meio do afeto e do humor, amenizar a dor daqueles que estão passando por situações trágicas e delicadas. Dessa imagem inferimos por que a comédia é uma espécie de tratamento para a tragédia. Um tratamento que não nega nem destitui a existência do pior, mas que faz com ele uma espécie de inversão de sentido. Assim, introduzimos que o horizonte do que o palhaço escuta é a tragédia da vida, a sua realidade mais extensa de miséria e impotência, de pequenez e arrogância, de pobreza e desencontro, que se mostra como uma repetição insensata sempre. O palhaço é um realista, mas não um pessimista. Ele mostra a realidade exagerando as deformações que criamos sobre ela. Primeira lição a tirar disso para a arte da escuta: escutar o outro é escutar o que realmente ele diz, e não o que a gente ou ele mesmo gostaria de ouvir. Escutar o que realmente alguém sente ou expressa, e não o que seria mais agradável, adequado ou confortável sentir. Escutar o que realmente está sendo dito e pensado, e não o que nós ou ele deveríamos pensar e dizer. 

Christian Dunker e Cláudio Thebas.
O palhaço e o psicanalista: como escutar os outros pode transformar vidas.
São Paulo: Planeta do Brasil, 2019, p. 30-1 (com adaptações). 
Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir.

O texto estabelece um contraste entre o palhaço do imaginário, que assusta, e o palhaço real, que conforta.   
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Comentários

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O texto expõe dois tipos de palhaços: o do imaginário é aquele que muitos têm medo, pois ele pega alguém da plateia e ridiculariza, faz grosserias, piadas inconvenientes e que os filmes de terror exploram de forma impiedosa tal medo; o da realidade é aquele que está nos hospitais, campos de batalha e refugiados, escutando as pessoas e buscando, através do humor e afeto, amenizar a dor daqueles que estão passando por situações trágicas e delicadas.

Percebe-se há um contraste, ou seja, uma oposição entre os mesmos.

Gabarito: CERTO!

Certo

O texto de fato estabelece um contraste entre as duas imagens de palhaço: a primeira imagem é a do palhaço do imaginário popular, que é frequentemente associado ao medo, à ridicularização e a piadas inconvenientes. Essa imagem de palhaço é explorada em filmes de terror e é a que muitas pessoas temem. A segunda imagem é a do palhaço real, que atua em contextos como hospitais, campos de batalha e campos de refugiados, onde utiliza o afeto e o humor para amenizar a dor das pessoas em situações trágicas e delicadas. Essa imagem de palhaço é descrita como alguém que escuta, se relaciona verdadeiramente e busca trazer conforto aos outros.

Portanto, o texto estabelece uma clara diferenciação entre as duas representações de palhaço, uma negativa e outra positiva, enfatizando o papel importante que os palhaços reais desempenham ao proporcionar tratamento emocional em situações difíceis.

isso, o autor meio que faz um paralelo entre um e o outro.

Eu entendi que os dois palhaços realmente existem, e não que um é imaginário e o outro é real como a questão fala.

O texto estabelece um contraste entre o palhaço do imaginário, que assusta, e o palhaço real, que conforta GAB. CERTO

Esses palhaços malvados existem em nosso imaginário e, felizmente, são a minoria na realidade

Neste exato instante em que você lê estas palavras, milhares de palhaços em todo o mundo estão em hospitais, campos de batalha, campos de refugiados, escutando pessoas, relacionando-se verdadeiramente com elas, buscando, por meio do afeto e do humor, amenizar a dor daqueles que estão passando por situações trágicas e delicadas.

O palhaço é um realista, mas não um pessimista.

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