Husserl questionou os sistemas especulativos da Filosofia e...
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Alternativa Correta: E - do conhecimento
Para entender por que a alternativa correta é "do conhecimento", precisamos compreender a proposta de Edmund Husserl e a fenomenologia. Husserl buscava uma filosofia que se diferenciasse tanto dos sistemas especulativos quanto das ciências positivas. Ele queria retornar a um ponto de partida que fosse realmente fundamental, ou seja, o ponto de partida do conhecimento.
Husserl cunhou a expressão "voltar às coisas mesmas", significando que se deveria examinar a experiência direta e imediata das coisas, sem as mediações teóricas ou preconceitos. Esse processo é conhecido como "redução fenomenológica", onde se busca a essência do fenômeno como ele se manifesta na consciência.
Agora, vamos analisar cada uma das alternativas para entender por que estão incorretas:
A - das emoções: Embora as emoções sejam uma parte importante da experiência humana, para Husserl, o ponto de partida fundamental não são as emoções, mas sim a consciência e o conhecimento que dela emana.
B - da moral: A moralidade envolve julgamentos de valor e normas sociais, que não são o ponto de partida para Husserl. Ele estava mais interessado na estrutura do conhecimento e da consciência.
C - da intencionalidade: A intencionalidade é um conceito central na fenomenologia de Husserl, referindo-se à característica da consciência de ser sempre "sobre" algo. Porém, a intencionalidade é mais um método de análise do que um ponto de partida.
D - da experiência: Essa alternativa está próxima, pois Husserl valoriza a experiência direta. No entanto, a experiência é um meio para acessar o conhecimento fundamental das coisas, e não o ponto de partida final que ele propôs.
E - do conhecimento: Esta é a alternativa correta, pois o objetivo de Husserl era alcançar um ponto de partida no qual o conhecimento fosse puro e livre de pressupostos, examinando diretamente a essência do fenômeno como ele é apresentado à consciência.
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Comentários
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Trata-se, na verdade, de um “retorno”, um caminho de volta, em que o “fim” nada mais é do que o começo: “de volta às coisas mesmas”, para citar a tão famosa expressão husserliana.
A fenomenologia, assim compreendida, significava um novo método na constituição da essência do conhecimento e veio para denunciar este crescente distanciamento entre o mundo da vida e o mundo da ciência. Era preciso resgatar a noção de que o mundo científico é secundário – ele é produzido a partir da própria compreensão subjetiva dos cientistas. O real não é o mundo visto pelos olhos das ciências, mas aquilo que eu experiencio, aquilo que eu vivo. A fenomenologia, com estes objetivos, não está criticando a atividade científica propriamente dita, mas denunciado a idéia de que o sentido do mundo é dado cientificamente.
Husserl propõe-se voltar às coisas mesmas; retornar às intuições mais originárias, porque é delas que emerge todo o conhecimento.
Maria de Lourdes Silva* ARevista de Filosofia A intencionalidade da consciência em Husserl
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