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As técnicas de abordagem grupal para fins terapêticos são utilizadas em vários contextos tanto na psiquiatria, quanto na clínica médica. O conjunto de características psicológicas intrínsecas e definidoras de um grupo é chamado de dinâmica grupal, sendo de suma importância que o terapeuta de grupo compreenda-o adequadamente.
Sobre esse assunto, assinale a alternativa incorreta.
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Para resolver a questão proposta, é necessário compreender o conceito de dinâmica grupal e como ele se aplica em contextos terapêuticos.
O conceito de dinâmica grupal refere-se às características psicológicas e interações que ocorrem dentro de um grupo. Esse entendimento é crucial para terapeutas que conduzem sessões de grupo, pois as interações podem influenciar significativamente o processo terapêutico.
Alternativa Correta: D
A alternativa D afirma que "um grupo é a soma de seus membros; apesar disso, constitui uma nova entidade com leis e cultura própria, sendo possível caracterizá-lo como portador de características tidas como pessoais". Esta alternativa está incorreta porque um grupo é mais do que apenas a soma de seus membros. Os grupos desenvolvem uma identidade própria que não pode ser reduzida às características individuais dos membros. As dinâmicas grupais criam novas normas e comportamentos que são distintos das características pessoais de cada indivíduo.
Análise das Alternativas Incorretas:
A: A alternativa A está correta. Ela descreve que um grupo é dinâmico, apoiado por forças opostas - coesão e desintegração. Isso é consistente com a teoria sobre grupos, onde forças de atração e repulsão afetam a estabilidade e a dinâmica do grupo.
B: A alternativa B é correta. O conceito de "galeria de espelhos" refere-se a como os membros de um grupo refletem aspectos uns dos outros, promovendo a compreensão e a autorreflexão. Essa é uma metáfora comum em psicoterapia de grupo.
C: A alternativa C está correta. Ela descreve que os grupos funcionam em dois planos, o consciente e o inconsciente, o que é um princípio aceito na psicoterapia de grupo, onde processos conscientes e inconscientes influenciam o comportamento e a interação grupal.
Portanto, a resposta incorreta é a alternativa D, pois ela apresenta uma visão reducionista da complexidade dos grupos.
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Kaplan: fatores terapêuticos na psicoterapia de grupo:
Abreação: conflitos e lembranças dolorosas são trazidas à tona, revividas, com a respectiva resposta emocional, e tal experiência traz insight
Aceitação: opiniões são toleradas, não há censura
Altruísmo: capacidade de abrir mão de suas necessidades para atender às de outros
Catarse: a expressão de ideias, pensamentos e material reprimido traz senso de alívio
Coesão: senso de objetivo em comum; é o fator que traz mais resultados positivos
Validação consensual: os conceitos e cognições de um paciente são comparados com os demais, o que permite corrigir distorções cognitivas
Contágio: a expressão de emoção por um membro desperta o reconhecimento desta mesma emoção em outros membros
Experiência familiar corretiva: o paciente recria relações de objeto familiares com integrantes do grupo (rivalidade entre irmãos, raiva perante os pais)
Empatia: capacidade de entender e se solidarizar com pensamentos, sentimentos e comportamentos dos outros membros
Identificação: incorporação ao ego de características de outros integrantes. É um mecanismo de defesa inconsciente.
Imitação: imitar comportamento de algum membro a partir da observação e aprendizado.
Insight: entendimento de seus próprios fatores psicodinâmicos. Pode ser insight intelectual, quando o paciente reconhece mas não muda comportamentos desadaptativos, ou insight emocional, quando o paciente reconhece e muda seus comportamentos.
Inspiração: a capacidade de semear otimismo e esperança no grupo.
Interação
Interpretação: atribuição de significados às cognições do paciente.
Aprendizagem: o paciente adquire conhecimentos a partir da experiência de outros.
Prova de realidade: habilidade de reconhecer o mundo fora do self
Transferência: do paciente para o terapeuta, ou de um paciente para outro. É a projeção de sentimentos, pensamentos e desejos, passando o receptor a representar um objeto do passado do paciente.
Universalização: o senso de que o paciente não é o único a ter problemas semelhantes; abranda sentimentos de isolamento e culpa
Ventilação: expressar pensamentos, fatos e ideias melhora o senso de culpa e pecado.
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