Assinale a alternativa correta.
Leia o texto.
Fragmento de uma crônica de Eça de Queirós.
Há em Portugal quatro partidos: o Partido Histórico, o Regenerador, o Reformista e o Constituinte. Há ainda outros, mas anônimos, conhecidos apenas de algumas famílias. Os quatro partidos oficiais, com jornal e porta para a rua, vivem num perpétuo antagonismo, irreconciliáveis, latindo ardentemente uns contra os outros de dentro de seus artigos de fundo. Tem-se tentado uma pacificação, uma união. Impossível! Eles só possuem de comum a lama do Chiado que todos pisam e a Arcada que a todos cobre. Quais são as irritadas divergências e princípio que os separam?
— Vejamos:
O Partido Regenerador é constitucional, monárquico, intimamente monárquico, e lembra a seus jornais a necessidade da economia.
O Partido Histórico é constitucional, imensamente monárquico e prova irrefutavelmente a urgência da economia.
O Partido Constituinte é constitucional, monárquico e dá subida atenção à economia.
O Partido Reformista é monárquico, é constitucional e doidinho pela economia!
1. Todos os quatro são católicos.
2. Todos os quatro são centralizadores.
3. Todos os quatro têm o mesmo afeto à ordem.
4. Todos os quatro querem o progresso, e citam a Bélgica.
5. Todos os quatro estimam a liberdade.
Quais são então as desinteligências? – Profundas!
Assim, por exemplo, a ideia de liberdade entendem-na de diversos modos.
O Partido Histórico diz gravemente que é necessário respeitar as liberdades públicas. O Partido Regenerador nega, nega numa divergência absoluta, provando com abundância de argumentos que o que se deve respeitar são - as públicas liberdades.
A conflagração é manifesta!
Assinale a alternativa correta.