A colonização da América e a formação da sociedade brasilei...

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Q3016349 História
A colonização da América e a formação da sociedade brasileira foram processos profundamente interligados. Com base nisso, avalie os itens a seguir:

1. A chegada dos europeus ao continente americano marcou o início de um processo de colonização que envolveu a exploração dos recursos naturais e a submissão das populações indígenas.

2. A colonização portuguesa no Brasil foi caracterizada pela implantação do sistema de capitanias hereditárias, que teve como objetivo principal a colonização com mudança de costumes e a ocupação do território.

3. A economia colonial brasileira foi inicialmente baseada na exploração do pau-brasil e, posteriormente, na produção de açúcar e café nas grandes plantações do Nordeste.

4. A sociedade colonial brasileira era marcada por uma rígida hierarquia social, na qual a elite proprietária de terras e escravos detinha o poder econômico e político.

5. A resistência indígena e as revoltas de escravos foram fatores importantes na configuração das relações de poder na sociedade colonial brasileira.

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Sobre a colonização da América e a formação da sociedade brasileira, vamos definir se as afirmativas são corretas ou incorretas:


1. Correta - A chegada dos europeus, no final do século XV, iniciou um intenso processo de colonização nas Américas, que visava à exploração econômica do novo continente. Os colonizadores buscaram extrair recursos naturais, como ouro, prata e outros minerais, além de produtos como o pau-brasil e o açúcar. Esse processo implicou a imposição de uma estrutura econômica e social, na qual as populações indígenas foram subjugadas, exploradas e frequentemente escravizadas, perdendo seus territórios, culturas e modos de vida. Houve também episódios de resistência, mas a violência e as doenças trazidas pelos europeus dizimaram grande parte da população nativa.


2. Incorreta - Essa afirmação apresenta uma incorreção. De fato, as capitanias hereditárias foram estabelecidas como um sistema de concessão de terras a capitães donatários com o objetivo de estimular a colonização e garantir a posse do território para Portugal. No entanto, o principal objetivo não era a mudança de costumes, mas sim a exploração econômica e a defesa territorial. Os portugueses buscavam preservar seu domínio sobre a colônia e desenvolver atividades lucrativas, principalmente voltadas para a agricultura e a exportação de produtos como o açúcar. A intenção de modificar os costumes locais não era central; essa mudança ocorreu como consequência da imposição cultural e religiosa, mas não como um objetivo explícito do sistema.


3. Incorreta - Essa afirmação contém uma imprecisão cronológica e factual. A economia colonial brasileira de fato iniciou-se com a extração do pau-brasil, atividade explorada inicialmente por Portugal. Posteriormente, o ciclo do açúcar tornou-se a principal atividade econômica, especialmente na região Nordeste. No entanto, o café só se consolidou como principal produto de exportação a partir do século XIX, durante o período imperial, e não no período colonial. Ademais, as plantações de café desempenharam seu papel mais significativo na região Sudeste, e não no Nordeste.


4. Correta - A sociedade colonial no Brasil desenvolveu-se com uma estrutura social altamente hierarquizada, onde a elite colonial — composta principalmente por grandes proprietários de terra e senhores de engenho — dominava tanto a economia quanto a política. Essa elite tinha acesso a privilégios e exercia um forte controle sobre as atividades econômicas e sociais, enquanto a população de escravos e trabalhadores livres ocupava os níveis mais baixos da hierarquia social. Esse sistema reforçava o poder dos proprietários sobre os escravizados e consolidava uma estrutura social desigual que perdurou até o final do período colonial.


5. Correta - Tanto os indígenas quanto os africanos escravizados resistiram de diversas formas ao sistema colonial e às condições de exploração. As resistências indígenas incluíram fugas, ataques a aldeamentos e tentativas de manter suas tradições e modos de vida, enquanto os escravizados protagonizaram revoltas, fugas e a formação de quilombos. Esses atos de resistência influenciaram a sociedade colonial, gerando tensões e levando o governo colonial e os senhores de terra a estabelecerem diversas medidas repressivas. A existência de quilombos e revoltas escravas, como a de Palmares, mostrou a força da resistência e a dificuldade em manter o sistema colonial sem oposição interna.


Gabarito – Letra D


Referência:


Schwarcz, Lilia Moritz, and Heloisa Murgel Starling. Brasil: uma biografia: Com novo pós-escrito. Editora Companhia das Letras, 2015.


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