Os movimentos de independência na América Latina, incluindo...

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Q3016355 História
Os movimentos de independência na América Latina, incluindo o Brasil, resultaram na formação de novos Estados nacionais. Com base nisso, analise os itens seguintes:

1. A independência do Brasil, em 1822, foi um processo relativamente pacífico em comparação com as guerras de independência nas colônias espanholas, sendo marcada por um acordo entre a elite brasileira e o príncipe regente D. Pedro.

2. A organização do Estado brasileiro pós-independência foi influenciada pelos modelos liberais europeus, mas adaptada às particularidades locais, mantendo a monarquia e a estrutura escravocrata.

3. A Constituição de 1824, a primeira do Brasil, estabeleceu um regime monárquico constitucional, com o poder moderador atribuído ao imperador, uma inovação que diferenciava o Brasil das repúblicas hispano-americanas.

4. A independência do Brasil não alterou significativamente as condições de vida da maioria da população, especialmente dos escravos e dos indígenas, que continuaram a enfrentar opressão e exploração.

5. Os movimentos populares nas províncias, como a Confederação do Equador e a Cabanagem, expressavam o descontentamento com a centralização do poder no Rio de Janeiro e a manutenção das desigualdades sociais.

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A alternativa correta é E - Todos os itens estão corretos.

Vamos entender o porquê:

Item 1: A independência do Brasil, de fato, foi um processo relativamente pacífico em comparação com as colônias espanholas. Nas colônias hispano-americanas, ocorreram longas e sangrentas guerras de independência. No Brasil, a independência foi marcada por um acordo entre a elite brasileira e o príncipe regente D. Pedro, culminando no famoso "Grito do Ipiranga" em 1822. Essa característica destaca a singularidade do processo brasileiro.

Item 2: Após a independência, o Brasil manteve a monarquia e a estrutura escravocrata, algo que o diferenciava das repúblicas surgidas nas colônias espanholas. A organização do novo Estado teve influências do liberalismo europeu, mas foi adaptada às condições locais, como a manutenção da monarquia e a continuidade da escravidão. Isso reflete a complexa relação entre inovação e tradição no Brasil do século XIX.

Item 3: A Constituição de 1824 instituiu um regime monárquico constitucional, com o poder moderador dado ao imperador. Esta foi uma inovação importante, pois diferenciava o Brasil das novas repúblicas hispano-americanas, que geralmente adotaram sistemas republicanos. O poder moderador permitia ao imperador influenciar os demais poderes, garantindo certa estabilidade política.

Item 4: A independência não alterou significativamente as condições de vida da maioria da população, especialmente dos escravos e indígenas, que continuaram a enfrentar severa opressão e exploração. Isso destaca a limitação do processo de independência em termos sociais e econômicos, beneficiando principalmente a elite local.

Item 5: Movimentos populares como a Confederação do Equador e a Cabanagem mostraram o descontentamento com a centralização do poder no Rio de Janeiro e a perpetuação das desigualdades sociais. Esses movimentos refletem a resistência e a insatisfação de parte da população com o autoritarismo do governo central e a falta de mudanças sociais significativas.

Assim, todos os itens estão corretos, pois apresentam uma visão coerente e fundamentada sobre o processo de independência e suas consequências no Brasil.

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Item 5: O Brasil realmente conseguiu manter a unidade territorial e evitar guerras prolongadas, mas não por um processo de independência totalmente pacífico. O processo foi negociado, resultando na independência sem a mesma intensidade de conflitos vividos em outras partes da América, mas ainda houve tensões internas.

a alternativa 3 está escrita de um jeito tão bizarro que dá a entender que era o poder moderador, e não a monarquia em si, que diferenciava o Brasil das repúblicas hispano-americanas.

Vale ressaltar que a confederação do equador teve como principal motivo a centralização do poder na mão do imperador após a constituição outorgada de 1824. Já a cabanagem, as desigualdades sociais em sua província, gerando fortes embates entre brasileiros e portugueses.

E. Todos os itens estão corretos.

  1. A independência do Brasil, em 1822, foi um processo relativamente pacífico em comparação com as guerras de independência nas colônias espanholas, sendo marcada por um acordo entre a elite brasileira e o príncipe regente D. Pedro.
  • Correto. O processo de independência do Brasil foi relativamente pacífico, diferentemente das colônias espanholas, que enfrentaram longas guerras de libertação. A independência brasileira foi liderada pela elite agrária e comercial, que negociou com Dom Pedro I para garantir seus interesses e evitar conflitos que ameaçassem a ordem social.
  1. A organização do Estado brasileiro pós-independência foi influenciada pelos modelos liberais europeus, mas adaptada às particularidades locais, mantendo a monarquia e a estrutura escravocrata.
  • Correto. Embora os ideais liberais europeus tenham influenciado a Constituição de 1824, o Brasil manteve características únicas, como a monarquia e a escravidão. A estrutura política e social foi adaptada para preservar os privilégios das elites locais.
  1. A Constituição de 1824, a primeira do Brasil, estabeleceu um regime monárquico constitucional, com o poder moderador atribuído ao imperador, uma inovação que diferenciava o Brasil das repúblicas hispano-americanas.
  • Correto. A Constituição de 1824 instituiu o poder moderador, uma inovação política que conferia ao imperador autoridade para intervir em outros poderes. Essa característica diferenciava o Brasil, que optou pela monarquia, das repúblicas hispano-americanas, que adotaram sistemas republicanos.
  1. A independência do Brasil não alterou significativamente as condições de vida da maioria da população, especialmente dos escravos e dos indígenas, que continuaram a enfrentar opressão e exploração.
  • Correto. A independência beneficiou principalmente as elites. Escravizados, indígenas e outros grupos marginalizados continuaram a enfrentar condições de vida precárias, exploração e exclusão dos direitos políticos e sociais.
  1. Os movimentos populares nas províncias, como a Confederação do Equador e a Cabanagem, expressavam o descontentamento com a centralização do poder no Rio de Janeiro e a manutenção das desigualdades sociais.
  • Correto. Esses movimentos regionais demonstraram insatisfação com o centralismo imposto pela monarquia e as desigualdades sociais. Ambos os movimentos buscaram maior autonomia e mudanças sociais, mas foram reprimidos pelo governo central.

Todos os itens apresentados estão corretos, descrevendo com precisão o processo de independência do Brasil, suas características políticas e sociais, e as consequências para a população.

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