O autor fugia da monotonia e da solidão
Infância
Meu pai montava a cavalo, ia para o campo.
Minha mãe ficava sentada cosendo.
Meu irmão pequeno dormia.
Eu sozinho menino entre mangueiras
lia a história de Robinson Crusoé,
comprida história que não acaba mais.
No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu
a ninar nos longes da senzala – e nunca se esqueceu chamava
para o café.
Café preto que nem a preta velha
café gostoso
café bom.
Minha mãe ficava sentada cosendo
olhando para mim: -
Psiu... Não acorde o menino.
Para o berço onde pousou um mosquito.
E dava um suspiro... que fundo!
Lá longe meu pai campeava
no mato sem fim da fazenda.
E eu não sabia que minha história
era mais bonita que a de Robinson Crusoé.
Alguma Poesia
Carlos Drummond de Andrade
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Para resolver essa questão, é essencial compreender que se trata de uma interpretação de texto. O foco está em identificar como o autor do poema "Infância", de Carlos Drummond de Andrade, lida com a monotonia e a solidão descritas no texto.
Vamos analisar a alternativa correta:
D - lendo histórias.
No poema, o eu-lírico menciona que, enquanto os outros personagens realizavam suas atividades cotidianas, ele passava o tempo lendo a história de Robinson Crusoé. A leitura é descrita como uma atividade prolongada ("comprida história que não acaba mais"), o que sugere que era através dela que o autor encontrava alívio para a solidão e a monotonia.
Agora, vamos entender por que as outras alternativas estão incorretas:
A - montando a cavalo. Esta alternativa refere-se ao que o pai do eu-lírico fazia ("Meu pai montava a cavalo, ia para o campo"), e não ao que o autor fazia para escapar da solidão.
B - tomando café preto. Embora o café seja mencionado no poema, ele é descrito como um momento do cotidiano ("Café preto que nem a preta velha"), e não como uma fuga da solidão.
C - passeando no campo. Esta alternativa sugere uma atividade que não é mencionada no poema. O pai do eu-lírico ia para o campo, mas não há indicação de que o autor fizesse o mesmo.
E - ajudando sua mãe. A mãe do eu-lírico está ocupada com sua própria atividade ("Minha mãe ficava sentada cosendo"), e não há menção de que o autor a ajudasse.
Ao interpretar um texto, é crucial prestar atenção aos detalhes, como atividades específicas mencionadas e quem realiza cada ação. Isso ajuda a entender as intenções e os sentimentos do eu-lírico.
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Comentários
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GABARITO: LETRA D
→ O fato de todos terem seus afazeres fazia com que o autor ficasse sozinho, em decorrência ele, de acordo com o texto: lia a história de Robinson Crusoé, comprida história que não acaba mais.
FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺
Para não zera a questão! rs
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