O autor fugia da monotonia e da solidão

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Q1018625 Português

    Infância

Meu pai montava a cavalo, ia para o campo.

Minha mãe ficava sentada cosendo.

Meu irmão pequeno dormia.

Eu sozinho menino entre mangueiras

lia a história de Robinson Crusoé,

comprida história que não acaba mais.


No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu

a ninar nos longes da senzala – e nunca se esqueceu chamava

para o café.

Café preto que nem a preta velha

café gostoso

café bom.


Minha mãe ficava sentada cosendo

olhando para mim: -

Psiu... Não acorde o menino.

Para o berço onde pousou um mosquito.

E dava um suspiro... que fundo!


Lá longe meu pai campeava

no mato sem fim da fazenda.


E eu não sabia que minha história

era mais bonita que a de Robinson Crusoé.


Alguma Poesia

Carlos Drummond de Andrade 

O autor fugia da monotonia e da solidão
Alternativas

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Para resolver essa questão, é essencial compreender que se trata de uma interpretação de texto. O foco está em identificar como o autor do poema "Infância", de Carlos Drummond de Andrade, lida com a monotonia e a solidão descritas no texto.

Vamos analisar a alternativa correta:

D - lendo histórias.

No poema, o eu-lírico menciona que, enquanto os outros personagens realizavam suas atividades cotidianas, ele passava o tempo lendo a história de Robinson Crusoé. A leitura é descrita como uma atividade prolongada ("comprida história que não acaba mais"), o que sugere que era através dela que o autor encontrava alívio para a solidão e a monotonia.

Agora, vamos entender por que as outras alternativas estão incorretas:

A - montando a cavalo. Esta alternativa refere-se ao que o pai do eu-lírico fazia ("Meu pai montava a cavalo, ia para o campo"), e não ao que o autor fazia para escapar da solidão.

B - tomando café preto. Embora o café seja mencionado no poema, ele é descrito como um momento do cotidiano ("Café preto que nem a preta velha"), e não como uma fuga da solidão.

C - passeando no campo. Esta alternativa sugere uma atividade que não é mencionada no poema. O pai do eu-lírico ia para o campo, mas não há indicação de que o autor fizesse o mesmo.

E - ajudando sua mãe. A mãe do eu-lírico está ocupada com sua própria atividade ("Minha mãe ficava sentada cosendo"), e não há menção de que o autor a ajudasse.

Ao interpretar um texto, é crucial prestar atenção aos detalhes, como atividades específicas mencionadas e quem realiza cada ação. Isso ajuda a entender as intenções e os sentimentos do eu-lírico.

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Comentários

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GABARITO: LETRA D

→ O fato de todos terem seus afazeres fazia com que o autor ficasse sozinho, em decorrência ele, de acordo com o texto: lia a história de Robinson Crusoé, comprida história que não acaba mais.

FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

Para não zera a questão! rs

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