Na utilização do trabalho da auditoria interna pela auditori...

O tema central da questão é a interação entre a auditoria interna e a auditoria externa, mais especificamente sobre a possibilidade de utilização do trabalho da auditoria interna pelos auditores independentes (externos). Para resolver esta questão, é necessário compreender as normas que regulam essa interação e a legislação vigente no Brasil.

Alternativa Correta: A

A alternativa A está correta porque descreve que, no Brasil, os auditores internos podem, de fato, prestar assistência direta aos auditores independentes, uma vez que não há impedimentos legais para isso. No entanto, em outros países ou contextos, pode haver restrições legais ou regulatórias que impeçam essa prática.

Análise das Alternativas Incorretas:

B - Esta alternativa está incorreta porque a concordância formal e o compromisso com a confidencialidade são essenciais. Os auditores internos devem ter um entendimento claro sobre a importância de manter a confidencialidade de assuntos específicos conforme instruído pelos auditores independentes, além de informar qualquer ameaça à objetividade no seu trabalho.

C - Esta opção está equivocada pois, apesar de os auditores internos e externos manterem suas independências, é necessário que haja uma concordância formal da administração da entidade garantindo que não haverá interferência no trabalho dos auditores internos quando eles estiverem assistindo os auditores independentes. Isso assegura que o trabalho dos auditores seja realizado de maneira objetiva e sem influência indevida.

D - A alternativa D é incorreta porque a concordância formal de que os auditores internos estão autorizados a prestar assistência direta aos auditores independentes é, na verdade, indispensável. Essa formalização é importante para garantir que todas as partes estão cientes e de acordo com os papéis e responsabilidades durante o processo de auditoria.

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NBC TA 610/14

Determinação se os auditores internos podem ser utilizados para prestar assistência direta

Determinação se os auditores internos podem ser utilizados para prestar assistência direta para fins de auditoria

26. O auditor independente pode ser proibido por lei ou regulamento de obter assistência direta dos auditores internos. Se assim for, não se aplicam os itens 27 a 35 e 37 (ver A31).

27. Se a utilização de auditores internos para prestar assistência direta não for proibido por lei ou regulamento, como no caso brasileiro em que não existe tal proibição, e o auditor independente pretende utilizar os auditores internos para prestar assistência direta no trabalho de auditoria das demonstrações contábeis, o auditor independente deve avaliar a existência e a importância das ameaças à objetividade, bem como o nível de competência dos auditores internos que fornecerão a assistência. Essa avaliação deve incluir investigação sobre os interesses e relacionamentos dos auditores internos que podem criar ameaça à objetividade deles (ver itens A32 a A34).

28. O auditor independente não deve utilizar auditor interno para prestar assistência direta se:

(a) existirem ameaças significativas à objetividade do auditor interno; ou

(b) o auditor interno não tem competência suficiente para executar o trabalho proposto (ver itens A32 a A34). 

Utilização dos auditores internos para prestar assistência direta

33. Antes de utilizar os auditores internos para prestar assistência direta para fins de auditoria, o auditor independente deve:

(a) obter concordância formal do representante autorizado da entidade de que os auditores internos estão autorizados e seguirão as instruções do auditor independente e que a administração da entidade não vai interferir no trabalho que o auditor interno executar para o auditor independente; e

(b) obter a concordância, também formal, dos auditores internos de que eles vão manter confidencialidade sobre os assuntos específicos, conforme instruído pelo auditor independente e que qualquer ameaça à objetividade será prontamente informada aos auditores independentes.