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Q2504680 Português
Leia o excerto da reportagem exposta em Veja, 20/10/23 e, em seguida, responda à questão.

DOUTOR, ROBÔ

A inteligência artificial protagoniza uma revolução sem precedentes na medicina
Ela aprimorando o diagnóstico e o cuidado dos pacientes, mas suscitando, em paralelo, dilemas sobre os limites de atuação da tecnologia

        [...] Caminho tecnológico sem volta, a inteligência artificial (IA) está mudando profundamente a maneira de aprender, trabalhar e – eis um salto inédito – se cuidar. No campo da saúde há uma revolução em andamento, interessante demais para ser negligenciada. Aideia de um robô capaz de substituir o doutor não se sustenta – pelo menos, por ora, ao pé da letra –, mas é inegável o papel que esse recurso já ocupa e ocupará na jornada de médicos e pacientes, com ganhos palpáveis para todo mundo, em clínicas particulares, nos hospitais público e privados, dentro de casa, no cotidiano doméstico.
        [...] Nada, é verdade, supera a sensibilidade humana no trato como o outro. Contudo, há claros indícios de avanços notáveis. A máquina já começa, por exemplo, a vencer o ser humano em momentos críticos, como a rápida detecção de um derrame. [...] As perspectivas são fascinantes.
        [...] A IA é aplaudida entre cientistas e clínicos pelo potencial de liberar os médicos para atender com mais tempo e atenção aos pacientes. É celebrada também por poder nortear escolhas de tratamento mais certeiras com base na análise em tempo real de milhares de estudos e otimizar a gestão da saúde coletiva. Para tanto, como pontua a OMS, será fundamental garantir transparência e qualidade de dados, bem como a realização de pesquisas atestando as possíveis vantagens da tecnologia. “Nossa nova orientação apoiará os países a regulamentar a área com mais eficácia para aproveitar seu potencial ao mesmo tempo que se minimizam eventuais riscos”, declarou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.
        Tais recomendações ganham relevo quando se olha para um novo capítulo dessa história, o uso da chamada IAgenerativa. Se antes o computador era treinado para reproduzir padrões após ler uma enxurrada de dados, agora a máquina aprende sozinha a fornecer soluções. Isso ficou mais claro no dia a dia com o advento do ChatGPT, programa que constrói conteúdos sob demanda. Na medicina, esse tipo de ferramenta dá insights preciosos na triagem de pacientes, na gestão de insumos necessários e no suporte a cirurgias. É a máquina aprimorando o engenho e o trabalho do homem. [...] há, claro, ressalvas que não podem ser relevadas. Os computadores não são infalíveis, e todo pequeno erro no trato com o corpo é grave – daí preocupações. [...] Existe, contudo, um consenso: com boa formação, por meio de cursos práticos, as equipes médicas atuarão com mais embasamento e agilidade, tendo a seu lado um copiloto virtual para apoiar as diferentes etapas do [...]
Após a leitura do período abaixo, analise as explicações fornecidas acerca de alguns recursos linguísticos nele presentes.
“Há, claro, ressalvas que não podem ser relevadas. Os computadores não são infalíveis, e todo pequeno erro no trato com o corpo é grave – daí preocupações.”
I- O adjetivo “claro”, no contexto mencionado, tem função modalizadora, com valor equivalente a um advérbio “claramente” ou uma locução adverbial “com certeza”. II- A vírgula usada antes da conjunção “E” é possível, porque na estrutura em análise, os sujeitos de cada oração são distintos. III- “Relevadas” é um adjetivo que assume na frase função de predicativo de objeto. IV- “Pequeno” é um advérbio que antecede o substantivo “erro”, com função de adjunto adverbial de intensidade.
É CORRETO o que se afirma apenas em:
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