Analise as proposições a seguir, que versam sobre o emprego ...
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Ano: 2024
Banca:
CPCON
Órgão:
Prefeitura de Matinhas - PB
Provas:
CPCON - 2024 - Prefeitura de Matinhas - PB - Psicólogo Educacional
|
CPCON - 2024 - Prefeitura de Matinhas - PB - Professor de Educação Básica I |
CPCON - 2024 - Prefeitura de Matinhas - PB - Professor de Educação Básica II - Ciências |
CPCON - 2024 - Prefeitura de Matinhas - PB - Professor de Educação Básica II - Geografia |
CPCON - 2024 - Prefeitura de Matinhas - PB - Professor de Educação Básica II - História |
CPCON - 2024 - Prefeitura de Matinhas - PB - Professor de Educação Básica II - Língua Portuguesa |
CPCON - 2024 - Prefeitura de Matinhas - PB - Professor de Educação Básica II - Língua Inglesa |
CPCON - 2024 - Prefeitura de Matinhas - PB - Professor de Educação Básica II - Matemática |
Q2504685
Português
Texto associado
Leia a crônica a seguir para responder à questão.
CONFERÊNCIA ÍNTIMA (Samarone Lima)
Me impressiona um pouco quando me convidam para esses avanços da Internet, o compartilhamento de fotos, de labirintos e
pandemônios, e vejo que algumas pessoas têm 456 amigos numa tacada só, ou num arquivo, ou num sistema.
Eu ficaria paralisado, sem saber a quem recorrer, no caso de uma aflição, um cansaço, uma deselegância, esses chauvinismos
dos dias desafortunados. Olho, louvo a disposição para tanta gente, mas fico lembrando da época em que eu recebia cartas,
direcionadas apenas para mim, com o selo pregado, o papel, o carimbo dos Correios etc. As cartas tinham rosto. Era a caligrafia da
pessoa, a força de suas mãos. Tenho caixas dessas cartas comigo.
Lembro também de telefonemas do tipo “não estou bem, preciso conversar ainda hoje contigo”, e tudo se providenciava para
o encontro, porque o “ainda hoje”, dito por um amigo, é o maior dos mandamentos.
É que sou de uma civilização do papel, dos amigos de carne e osso e de uma dose importante de conversa fiada. O que tem me
preocupado mais nesse meu mundo, não é que eu tenha muitos ou poucos amigos. O alarmante mesmo é que estou vendo menos os
amigos que ganhei da vida. Há uma certa dispersão de minha parte, que se acomoda gentilmente com minhas viagens, projetos,
escritos.
Era preciso que a gente tivesse menos obrigações, menos pensamentos lá adiante. Eu queria viver com menos, deixar todo o
supérfluo de lado.
Ultimamente, as promessas de cafés se avolumam, os “precisamos nos encontrar” se renovam, e às vezes me lembro do “olá
como vai” do Paulinho da Viola, embora meu sinal esteja aberto para tantas coisas lindas. Outro dia, desmarquei um almoço com um
velho amigo e depois pensei que era ridículo não peitar as demandas, fazer da agenda somente um objeto quadrado e relegado, dizendo
“espera aí, compadre, que nos vemos daqui a pouco, isso é o mais importante para hoje”.
Há pouco, fui olhar uma coletânea de textos lindos, de pessoas queridas, que me chegaram pelo e-mail ao longo dos últimos
anos. Me deu uma saudade, mas atravessou-me o sentimento de distância reparável, uma constatação sem dor da dispersão natural.
Aconteceu. Algumas pessoas de que gosto muito eu raramente encontro, apesar de queridíssimas, de saber da importância. Outro dia, o
velho e bom Lourival Holanda disse que eu era um avaro de mim mesmo, e fiquei a pensar sem nostalgia nisso, à beira do Parque 13 de
Maio.
Talvez eu esteja somente distraído, introspectivo, nesse dia chuvoso no Recife. Muitas vezes acontece isso. Estou tão
distraído, que não vejo o melhor. Talvez nós humanos sejamos um pouco assim, distraídos e dados ao efêmero.
Então escrevo, buscando talvez alguma espécie de redenção.
Analise as proposições a seguir, que versam sobre o emprego dos pronomes.
I- O pronome ME da mesma forma que O/Os, sempre assume função de objeto direto, como demonstram várias ocorrências no texto: “o que tem me preocupado ...”; “às vezes me lembro do 'olá como vai'...”; “fui olhar uma coletânea que me chegaram pelo e-mail...” II- De acordo com a norma padrão, é recomendável não iniciar frase com pronome oblíquo; mas, como esse não é um desvio estigmatizado, é um recurso que confere informalidade à crônica, tornando a linguagem mais familiar ao leitor. III- Como se trata de uma narrativa em primeira pessoa, é recorrente o uso de pronomes eu/me/nos/meus/comigo, que são formas remissivas cuja referência é contextual ou situacional. IV- O pronome SE tem a mesma função nos seguintes trechos: “as promessas de cafés se avolumam, “os 'precisamos nos encontrar' se renovam...”, e estão em posição proclítica.
É CORRETO o que se afirma apenas em:
I- O pronome ME da mesma forma que O/Os, sempre assume função de objeto direto, como demonstram várias ocorrências no texto: “o que tem me preocupado ...”; “às vezes me lembro do 'olá como vai'...”; “fui olhar uma coletânea que me chegaram pelo e-mail...” II- De acordo com a norma padrão, é recomendável não iniciar frase com pronome oblíquo; mas, como esse não é um desvio estigmatizado, é um recurso que confere informalidade à crônica, tornando a linguagem mais familiar ao leitor. III- Como se trata de uma narrativa em primeira pessoa, é recorrente o uso de pronomes eu/me/nos/meus/comigo, que são formas remissivas cuja referência é contextual ou situacional. IV- O pronome SE tem a mesma função nos seguintes trechos: “as promessas de cafés se avolumam, “os 'precisamos nos encontrar' se renovam...”, e estão em posição proclítica.
É CORRETO o que se afirma apenas em: