“O ponto forte do livro é justamente a parte em que Barrett...
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Emoções são uma construção social. Essa é, numa frase, a tese central de Lisa Feldman Barrett em “How Emotions Are Made” (“Como são feitas as emoções”). Não haveria nada de surpreendente se Barrett fosse professora em algum departamento de estudos de gênero, mas ela é uma neurocientista e afirma que suas conclusões estão amparadas em sólida evidência empírica.
O ponto forte do livro é justamente a parte em que Barrett mostra que há problemas nos modelos tradicionais que fazem com que cada emoção corresponda à ativação de um circuito neural específico. Por esse paradigma, emoções seriam universais e teriam uma assinatura biológica inconfundível.
O problema, diz Barrett, é que ela passou anos num laboratório em busca dessas assinaturas e não as encontrou. Não temos dificuldade para reconhecer a emoção medo num ator fazendo uma careta estereotipada, mas isso não passa de uma convenção cultural. Nem todos que sentem medo apresentam as mesmas expressões faciais e nem sequer os mesmos sinais fisiológicos.
A partir daí — e essa é a parte em que o livro fica aquém do que promete —, Barrett conclui que o modelo tradicional está errado e propõe outro no qual as emoções são construídas pelo cérebro no instante em que ele classifica as sensações positivas ou negativas que experimenta. A cultura e a própria linguagem seriam parte indispensável desse processo.
Minha impressão é de que Barrett foi com muita sede ao pote. Seus achados fragilizam as versões mais fortes do modelo tradicional, mas não bastam para pôr abaixo um edifício construído com a colaboração da maior parte dos filósofos ocidentais, do próprio Charles Darwin e de um número ainda maior de neurocientistas contemporâneos. Até pode ser que Barrett tenha razão, mas ainda é cedo para decretá-lo.
(Hélio Schwartsman. “Como são feitas as emoções”. Folha de S.Paulo. 04.03.2018. Adaptado)
“O ponto forte do livro é justamente a parte em que Barrett mostra que há problemas nos modelos tradicionais (...)”
Nesse trecho, quanto às regras de concordância da norma-padrão, as expressões destacadas podem ser, correta e respectivamente, substituídas por:
- Gabarito Comentado (1)
- Aulas (6)
- Comentários (3)
- Estatísticas
- Cadernos
- Criar anotações
- Notificar Erro
Gabarito comentado
Confira o gabarito comentado por um dos nossos professores
A questão requer conhecimento acerca das regras de
concordância verbal e nominal.
“Você é uma pessoa perante a qual eu me ajoelho."
“Fui àquele restaurante perto do qual já moramos."
“Ler é um passatempo sem o qual não posso viver."
“Derrubaram a árvore sob a qual brincávamos."
Em terceiro lugar, o pronome relativo o qual varia em gênero e número.
Convém – oração principal
que se notem – oração subordinada substantiva subjetiva
que – conjunção integrante
Numa oração subordinada substantiva subjetiva, o verbo da oração principal é unipessoal, ou seja, fica só 3ª pessoa do singular.
Convém – 3ª p. singular / convêm – 3ª p. plural
GABARITO DA PROFESSORA: ALTERNATIVA (B).
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Comentários
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GABARITO: LETRA B
A) na qual; devem ser observado. ? o quê deve ser observados? Problemas (=observados).
B) na qual; podem se encontrar. ? correto.
C) na qual; existe a possibilidade de haverem. ? incorreto, visto que se trata de um verbo impessoal e que não deve ser flexionado (=haver).
D) no qual; é possível que ocorra. ? o termo retomado é feminino (=parte ? na qual); o quê ocorre? Problemas (=ocorram).
E) no qual; convêm que se notem. ? o quê convém? Isso (= sujeito oracional, verbo fica no singular ? convém).
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FORÇA, GUERREIROS(AS)!!
Assertiva b
na qual; podem se encontrar.
Gabarito B
“O ponto forte do livro é justamente a parte em que Barrett mostra que há problemas nos modelos tradicionais (...)”
⇢ "na qual" = preposição "em" + artigo "a".
⇢ "podem se encontrar " = veja que foi flexionada terceira pessoa do plural e concordando com sujeito "problemas".
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