A expressão ‘demito-me de ser eu’ indica que o eu lírico:
TEXTO 4
“Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
minha gravata e cinto e escova e pente,
meu copo, minha xícara,
minha toalha de banho e sabonete,
meu isso, meu aquilo,
Com que inocência demito-me de ser
eu que antes era e me sabia
tão diverso de outros, tão mim-mesmo,
ser pensante, sentinte e solidário
com outros seres diversos e conscientes
de sua humana, invencível condição”
(ANDRADE, Carlos Drummond. Eu etiqueta Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 16-1-. 1982, Caderno B)